Amazon On questiona como a inteligência artificial pode ajudar a sustentabilidade

Um dos principais usos da IA para sustentabilidade é o monitoramento ambiental, com sensores e satélites equipados com algoritmos que permitem o rastreamento em tempo real.

Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia

Nos últimos anos, a Inteligência Artificial (IA) emergiu como uma ferramenta poderosa em diversos setores, desde a automação industrial até o atendimento ao cliente. Agora, ela se destaca como uma aliada essencial no combate às mudanças climáticas e na busca por soluções sustentáveis. Ao otimizar processos, reduzir desperdícios e melhorar a gestão de recursos naturais, a IA está ajudando empresas e governos a alcançarem metas ambientais ambiciosas.

O assunto é um dos temas trabalhados por especialistas na programação do ‘Amazon On‘, evento que discute temas críticos para a conexão entre tecnologia e preservação ambiental, que iniciou nesta quarta-feira (18) em Manaus (AM).

Um dos principais usos da IA para sustentabilidade é o monitoramento ambiental. Sensores e satélites equipados com algoritmos de IA permitem o rastreamento de padrões climáticos, desmatamento, poluição e mudanças no uso da terra em tempo real.

No Brasil, por exemplo, sistemas de IA estão sendo utilizados para monitorar a Amazônia. Satélites capturam imagens de grandes áreas e algoritmos detectam desmatamentos ilegais. Essas ferramentas permitem uma intervenção mais rápida das autoridades, ajudando a preservar ecossistemas vitais.

De acordo com o Secretário Executivo da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas (SEDECTI), Jeibi Medeiros, a utilização da IA está crescendo a cada dia e vai se tornar vital para a região amazônica.

Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia

“Estamos com uma série de trabalhos onde estamos utilizando a IA, como por exemplo, os planos de bioeconomia, onde estamos reestruturando o sistema estadual de inovação com o auxílio de uma Inteligência Artificial. O meu foco hoje é na preparação e autenticação dos dados. Estamos naquela fronteira onde o conhecimento da IA ainda está no começo”, explicou.

“Tentamos facilitar esse trabalho que vemos como fundamental para os próximos anos. Por exemplo, tem uma secretaria que recebe documentos de uma outra esporadicamente, então, através do uso da IA conseguimos otimizar esse trabalho e enviar os documentários de uma forma mais ágil. A partir do uso da tecnologia, a fiscalização de certos setores será otimizada”, destacou.

Profissionais capacitados

Ainda segundo Medeiros, a IA está desempenhando um papel central na construção de um futuro mais sustentável. Com a capacidade de monitorar o meio ambiente, otimizar o uso de recursos naturais e reduzir o desperdício em diversos setores, a inteligência artificial oferece soluções práticas e inovadoras para os desafios ambientais mais urgentes. No entanto, é crucial que as ferramentas de IA sejam usadas de maneira ética e responsável, com o objetivo de gerar impacto positivo de longo prazo.

“Estamos treinando nossas equipes com instituições que têm conhecimento para nos ajudar. A IA é uma realidade que cresce e, enquanto profissionais da tecnologia, é nosso dever nos adequarmos a ela. Acho de suma importância que os profissionais do Norte abracem a IA, mesmo com as dificuldades estruturais da região”, afirmou Medeiros.

Futuro da IA

Mas qual seria o futuro da IA no Brasil? Para especialistas, é um caminho cheio de potencial que pode afetar diversos setores, impulsionado por avanços tecnológicos globais e pela crescente digitalização da economia brasileira.

“A IA cada vez mais está migrando para a ponta, ou seja, as aplicações indo para esse modelo mais híbrido, onde parte do processamento está na nuvem, e a outra em um device (dispositivo físico). O certo é estimular as pessoas através de ferramentas que dão aos desenvolvedores a possibilidade de criar seus modelos ou utilizar modelos pré-existentes para potencializar suas aplicações. Então, cada vez mais a gente percebe esse modelo indo para a ponta e utilizando outras tecnologias, como por exemplo, a internet das coisas”, disse o especialista Diego Aguiar.

Aguiar também aponta que pouco a pouco, os internautas e profissionais vão aprendendo a lidar com a IA. “Existe uma curva natural de adição, então você tem a maturação, o entendimento e, na sequência, a potencialização da tecnologia. Vejo que a curva de utilização da IA vai acontecer talvez de maneira mais rápida do que outras tecnologias”, disse.

O ‘Painel 2 – Inteligência Artificial: soluções para sustentabilidade’ contou com a mediação de André Carvalho e a participação dos convidados:

  • Luiz Tonisi – Presidente Qualcomm LATAM
  • Paulo Bernardocki – Diretor de Redes e Tecnologia – Ericsson LATAM South
  • Jeibi Medeiros – Secretário Executivo da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação – SEDECTI
  • Marcelo Motta – Diretor de Cibersegurança e Soluções – Huawei

Para mais detalhes, acesse AQUI.

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