Projeto sobre antioxidantes naturais presentes em frutos da Amazônia é aprovado em concurso internacional

Realizado em parceria com a Universidad San Sebastián (USS), do Chile, a pesquisa foca no uso de frutas da Amazônia em cosméticos e vai receber financiamento do governo chileno.

Foto: Divulgação/Ueap

Um projeto de pesquisa realizado pela Universidade do Estado do Amapá (Ueap), em parceria com a Universidad San Sebastián (USS) do Chile, foi aprovado no Concurso de Fomento à Vinculação Internacional (Fovi 2024), também do país sul-americano. A premiação visa financiar redes de colaboração chilenas e estrangeiras, promovendo o intercâmbio de conhecimentos entre países.

A iniciativa coordenada no Brasil pelo professor Gabriel Araújo-Silva, do colegiado de Licenciatura em Química, visa avaliar antioxidantes naturais presentes em frutos da Amazônia e da floresta austral chilena, para aplicações industriais em alimentos e cosméticos. O projeto vai contar com a formação de estudantes, realização de estágios e intercâmbios entre os dois países.

A partir do recurso, será possibilitada execução do projeto de pesquisa, com o pagamento de bolsas de doutorado, custeio das missões de trabalho da equipe do Chile no Brasil e vice-versa. O financiamento será viabilizado pela Agência de Pesquisa e Desenvolvimento (Anid) do Governo chileno, organizador do concurso.

Uso do açaí e da “limona”

No Amapá, projeto de pesquisa vai estudar os potenciais antioxidantes do açaí
Açaí. Foto: Reprodução/Secom PA

A pesquisa é liderada no Chile pela professora Luisa Quesada, da USS, e estuda as propriedades de uma espécie ancestral de maçã do país, mais especificamente a variante “Limona”. Com colaboração dos pesquisadores brasileiros e da Ueap, o projeto também vai estudar os antioxidantes presentes no açaí e outros frutos amazônicos.

A ideia da iniciativa é criar uma rede de pesquisa voltada ao desenvolvimento de métodos de extração ambientalmente corretos e capazes de obter os compostos antioxidantes presentes nessas frutas típicas de cada local. Além dos professores dos dois países, também compõem a equipe os pesquisadores associados Marcela Mansilla, Carlos Galleguillos e Saulo da Silva.

*Com informações do Governo do Estado do Amapá

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