O Atlas Solar do Amapá foi reconhecido como ‘Boa Prática Nacional’ na premiação realizada segunda-feira (22), em Brasília. Foto: Gabriel Penha/GEA
O Atlas Solar do Amapá foi reconhecido como ‘Boa Prática Nacional’ na segunda-feira (22), durante a abertura do Congresso Brasileiro de Minas e Energia 2025, em Brasília. O prêmio foi concedido pela FGV Energia. Lançado em agosto de 2024, o projeto busca atrair investimentos para a produção de energia renovável no Estado.
O material tem 76 páginas e reúne dados sobre o potencial de geração solar no Amapá e foi desenvolvido após os apagões registrados em 2020.
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O Atlas é resultado de uma parceria entre o Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e contou com apoio de emenda parlamentar do senador Davi Alcolumbre (União Progressista), que é o idealizador do projeto.

Segundo Wandenberg Pitaluga, presidente da Agência Amapá de Desenvolvimento Econômico, o Atlas apresenta soluções para os problemas de abastecimento elétrico e destaca o potencial do estado na geração de energia limpa.
“O Amapá tem capacidade para superar até as maiores usinas fotovoltaicas da China, graças à sua localização”, afirmou Pitaluga.
Durante o lançamento, foram instaladas estações de medição solar em Santana, Laranjal do Jari, Porto Grande, Ilha de Maracá, Jipioca e Tartarugalzinho. Os dados são atualizados em tempo real e podem ser acessados pela plataforma do projeto.
Entre os principais destaques do Atlas estão:
- Estimativa de capacidade instalada para geração de energia;
- Mapeamento geográfico detalhado;
- Informações técnicas dos municípios monitorados;
- Avaliação mensal e sazonal da incidência solar.

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O secretário de Mineração do Amapá, Mamede Barbosa, reforçou que a localização do estado é estratégica para investimentos em energia solar.
“O Amapá tem mais potencial solar do que a Alemanha. E já avançamos na transição energética: hoje, 100% da energia consumida no estado vem de fontes renováveis”, disse Barbosa.
Com base nos dados do Atlas, a expectativa é que sejam implantados parques eólicos na Margem Equatorial Brasileira.
*Por Mariana Ferreira, da Rede Amazônica AP
