COP 28: Roraima defende valorização e precificação da conservação da Amazônia

O Estado tem defendido que a conservação da Amazônia exigida pelo mundo deve ser valorizada e gerar, de forma sustentável, benefícios para a população dos estados da Amazônia Legal.

A comitiva do Governo de Roraima, liderada pelo governador Antonio Denarium, participou 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O evento é considerado o maior encontro voltado à discussão e organização das iniciativas sobre os impactos das mudanças climáticas no mundo.

Participando de painéis temáticos com autoridades de todo o mundo, o chefe do Executivo roraimense tem defendido que a conservação da Amazônia exigida pelo mundo deve ser valorizada e gerar, de forma sustentável, benefícios para a população dos estados que compõem a Amazônia Legal.

Mulheres e crianças yanomami em Surucucu, na Terra Indígena Yanomami. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

“Temos plena consciência da importância da preservação global e tenho a convicção de que a Amazônia Brasileira tem feito seu papel nesse sentido, mas agora está na hora do mundo olhar para as pessoas que estão na aqui e não somente para a floresta. Desenvolvimento bom é o sustentável e a sustentabilidade tem que levar em consideração o ser humano”, destacou. 

Exemplo de desenvolvimento sustentável 

Uma das marcas de Roraima é o desenvolvimento sustentável, consolidando atividades tradicionais, como a agricultura familiar, aliadas ao respeito ao meio ambiente. Dentro das vertentes da produção rural familiar abrangidas pelo Estado, está a agricultura indígena. 

E a principal iniciativa dessa vertente é o Projeto de Grãos, que já atingiu a marca de 3 mil hectares de milho e feijão em 2023. Isso traz uma visão diferenciada às pautas indígenas, que leva em consideração a produção, a autonomia e a independência social e econômica nas comunidades.

“Agradeço em nome das mulheres da agricultura da nossa comunidade pelo incentivo aos produtores e agricultores indígenas, que vem transformando o lavrado em polos com produção de grãos”,

disse a produtora Esdra Raposo, da comunidade indígena Napoleão, localizada no município de Normandia.

Município de Pacaraima, em Roraima. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

No âmbito do Projeto de Grãos, o Governo disponibiliza sementes, máquinas, calcário, adubos e demais implementos, dando o incentivo necessário às comunidades. Com isso, nas colheitas futuras, essas comunidades poderão ampliar suas áreas e reinvestir os lucros na própria comunidade.

Entusiasta do projeto, o governador Antonio Denarium avalia que o agronegócio não se trata apenas do grande, mas sim de todos que fazem parte da cadeia produtiva do estado. “Não existe grande produtor sem o pequeno estar inserido em tudo. Roraima é a terra de oportunidades, que tem espaço para micro, pequenos, médios e grandes produtores. Tudo isso visa melhorar a qualidade de vida da nossa gente”, pontuou o governador. 

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