Programação aberta ao público promove observação da Superlua Azul em Estados da Amazônia

Interessados podem acompanhar o fenômeno nesta quarta (30) e quinta-feira (31). Satélite natural da Terra apresentará rara tonalidade azulada.

Lua Cheia, Lua azul, Lua de morango, Lua de sangue, dentre outros. Essas são algumas denominações de luas que ocorrem devido a fatores astronômicos. Na noite desta quarta-feira (30)  e na quinta-feira (31) uma Superlua Azul poderá ser vista em grande parte do Brasil.

Apesar da referência à cor, o satélite natural não terá sua tonalidade alterada. O termo é utilizado quando a lua fica cheia pela segunda vez no mês. Na Amazônia, ela pode ser observada em todos os Estados. 

De acordo com o Observatório Nacional, o horário em que a lua atinge seu brilho máximo é aproximadamente às 21h35 no horário do Amazonas, Roraima e Rondônia; 22h35 no Amapá, Pará e Tocantins; e às 20h35 no Acre.

Confira no Portal Amazônia a programação para o fenômeno astronômico em alguns Estados:

Foto: Divulgação/

No Pará 

O Centro de Ciências e Planetário do Pará (CCPA), localizado em Belém e vinculado à Universidade do Estado do Pará (Uepa), proporcionará à população da capital a oportunidade de observar o espetáculo astronômico em sessões especiais, que irão ocorrer nesta quarta e quinta-feira, entre 18h30 e 21h, com entrada gratuita.

Os observadores poderão contemplar o satélite natural quando ele estiver em sua máxima proximidade em relação ao nosso planeta. De acordo com o professor de Física e astrônomo, Reginaldo Corrêa Júnior, esses períodos ocorrem:

“Devido ao movimento de translação elíptica da lua em torno da Terra, ou seja, em alguns momentos ela estará mais próxima ou mais distante da Terra. Quando está na sua aproximação máxima e na sua fase cheia, esse período é chamado de perigeu, deixando-a com uma aparência 15% maior e 30% mais brilhante, devido à maior incidência dos raios solares refletidos nela. Vale destacar que o nosso satélite natural foi visitado, recentemente, pela primeira vez por uma sonda indiana no polo sul lunar, com o objetivo de detectar água nessa região do nosso satélite natural”,

explica o especialista.

Foto: Divulgação/

Segundo o diretor do Planetário, José Roberto Alves, a visualização de uma Superlua é uma chance especial para os observadores do céu e entusiastas da astronomia apreciarem um fenômeno natural que destaca a relação entre a Terra e a lua.

“A observação da Superlua pode ser uma ótima oportunidade para aprender mais sobre a órbita lunar ao redor da Terra, bem como os conceitos básicos de astronomia. E também de explorar como os movimentos celestes influenciam o que vemos no céu”,

convida o professor.

No Amapá 

O Clube de Astronomia do Amapá Mirzam também vai realizar nesta quarta-feira (30) uma sessão de observação do evento astronômico. O evento, que ocorrerá das 19h às 21h no Monumento Marco Zero do Equador, na Zona Sul de Macapá, é gratuito e aberto a todos os públicos.

O evento ‘Observando no Meio do Mundo’ marca o retorno das observações do clube, que completa 10 anos em 2023. Mirzam é como é conhecida a estrela β Canis Majoris, a segunda estrela mais brilhante da constelação do Cão Maior. A escolha do nome para o clube se deu pelo fato de Mirzam ser a estrela que representa o Amapá no desenho da bandeira do Brasil.

Observação do Clube de Astronomia do Amapá Mirzam. Foto: Divulgação/Mirzam

O fenômeno

O termo superlua não é uma definição astronômica oficial, mas é usado para se referir ao perigeu, período em astro quando está mais próximo da Terra e, portanto, parece maior e mais brilhante.

O perigeu ocorre quando a distância entre nosso satélite natural e a Terra é menor do que 360.000 km. Quando isso ocorre, a Lua fica 14% maior e 30% mais brilhante do que no apogeu (microlua) – quando está mais distante.

A primeira superlua deste mês ocorreu no dia 1º de agosto, a chamada “Superlua de Esturjão”. Mas a lua estará ainda mais próxima na noite desta quarta-feira (30) – a cerca de 357.344 quilômetros de distância. Por ser a segunda lua cheia no mesmo mês, ela leva o nome de Lua azul.

A última vez que duas superluas completas apareceram no céu no mesmo mês foi em 2018. Isso não acontecerá novamente até 2037.

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