Chuva melhora qualidade do ar poluído por fumaça em Manaus, aponta Inpe


Horizonte escondido pela fumaça que cobre Manaus há seis dias. Foto: Hêmilly Lira/Portal AmazôniaMANAUS – A chuva tão esperada pelos manauaras finalmente caiu na manhã desta terça-feira (6). De acordo com dados do Sistemas de Proteção da Amazônia (Sipam), até às 10h, choveu de 4 a 15 milímetros em áreas na cidade. A precipitação ajudou a melhor o ar da capital amazonense, mas não foi o bastante para limpar a atmosfera da cidade, tomada por fumaça desde o dia 1º de outubro.“Após a chuva, as imagens do Inpe mostram que há entre 30 e 40 microgramas de material particulado fino por metro cúbico na atmosfera. Isso significa uma redução de 50% em relação à situação anterior”, diz o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Saulo Freitas. Em matéria publicada no Portal Amazônia, no último dia 2 de outubro, o monitoramento do órgão apontava o acúmulo de 60 a 80 microgramas.

O material particulado fino é o nome que se dá à poluição provocada pelas queimadas. Essas partículas são muito pequenas e nocivas à saúde, pois penetram o sistema respiratório com mais facilidade. Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), o máximo aceitável é de 40 microgramas; acima disso, começa a apresentar riscos à saúde.
Qualidade do ar

Imagens do Inpe mostram que a qualidade do ar na capital amazonense ainda é considerada ruim. A poluição persiste porque a chuva não foi o bastante para controlar os focos de calor em áreas adjacentes à cidade. A medição pluviométrica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), na estação da zona Centro-Sul, aponta que choveu 7,6 mm.No mapa, as áreas em azul apresentam qualidade do ar considerada ‘boa’. Manaus apresenta cores amarelo e laranja, classificadas entre ‘ruim’ e ‘péssimo’.


Imagem registrada pelo Inpe. Imagem: Divulgação/InpeChuva em ManausAs estações do Inmet na capital não registravam chuva desde 4 de setembro, quando houve 15,8 mm de precipitação. Em agosto, o acumulado foi de 10,47 mm. “As chuvas mais significativas estão previstas somente para o mês de dezembro”, acrescenta o meteorologista do Inmet, Gustavo Ribeiro.
Em 2014, no mês de agosto, choveu 32,2 mm. Já em setembro, o índice foi bem menor que este ano, acumulando apenas 0,6 mm; outubro alcançou 184,7 mm. 
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