Desfile das Crias do Curro Velho aborda diversidade

Este ano a Escola de Samba Crias do Curro Velho trará em sua Comissão de Frente a personificação de figuras públicas que o paraense conhece bem como Carlos Gomes, Gaby Amarantos e Beth Cheirosinha, entre outras. O desfile, que já tradicional no Carnaval de Belém, será no dia 3 de fevereiro, com saída da Praça Brasil até a sede do Curro Velho, a partir das 9h.

Um tripé onírico abre o desfile do Carnaval deste ano trazendo alegorias que remetem ao elemento ar, como foguete, pássaro e o famoso 14 Bis criado por Santos Dumont. A réplica do avião foi construída com peças de PVC, garrafas de detergentes e refrigerantes e hastes de arame soldadas, dispensando o uso de cola. 

Foto: Divulgação
Junto do carro abre-alas virá o Maestro Universal, inspirado no compositor paraense Carlos Gomes, orquestrando a escola toda. Logo atrás virão outros personagens, como a Deusa Afro, inspirada na cantora paraense Gaby Amarantos. “Também teremos uma bailarina meio fada, um ET meio Michael Jackson, a ‘Mãe da Erva’ inspirada na vendedora Beth Cheirosinha, entre outros”, revela o responsável pela Comissão de Frente, Marcelo Lobato.

Segundo ele, todos os materiais utilizados na produção são reciclados, até as roupas são reaproveitadas de outros carnavais. A equipe faz o possível para reutilizar todos os materiais a partir de recursos como a aplicação de pontos e tingimentos. “Quando o carnaval acaba, desmanchamos as garrafas pets, entramos em contato com as fábricas de reciclagem e destinamos os arames, papéis e plásticos para as entidades corretas. Pensamos sempre na reciclagem”, ressalta Marcelo.

A equipe responsável pela produção da Comissão de Frente é composta por quatro pessoas, entre funcionários e alunos voluntários. “Eles pedem para participar, pois tem uma relação afetiva com o Curro Velho. Eles querem se incluir. São alunos que já participaram de várias exposições e oficinas, e tem tudo para serem instrutores no futuro”, afirma Marcelo.

Um deles é Ricardo Serra, de 31 anos, que participa desde os 12 das oficinas promovidas pela Fundação Cultural do Pará (FCP), por meio do Curro Velho. “Sempre quis conhecer mais sobre a arte. No Curro Velho surgiu essa oportunidade de participar pela primeira vez da produção do Carnaval e não pensei duas vezes. É um trabalho muito legal, gosto daqui. Faço com boa vontade. É gratificante ver todos se divertindo no dia do desfile”, concluiu.
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