Trilha Amazônia Atlântica ganha nova etapa de expansão no Maranhão

Segundo o presidente da Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso e Conectividade, Júlio Meyer, a Amazônia Atlântica é a maior trilha sinalizada da América Latina e conecta diferentes biomas.

Foto: Divulgação/UFMA

A Universidade Federal do Maranhão (UFMA), por meio do Núcleo de Pesquisa e Documentação em Turismo (NPDTUR), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio-NGI-SLZ) e a Rede Trilhas Maranhão, iniciaram nova etapa de expansão da Trilha Amazônia Atlântica pelos municípios maranhenses. Com 468 km, ela começa em Belém, atravessa 17 municípios do Pará, sete Unidades de Conservação e mais seis Territórios Quilombolas.

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Segundo o presidente da Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso e Conectividade, Júlio Meyer, a Amazônia Atlântica é a maior sinalizada da América Latina e conecta diferentes biomas, comunidades e paisagens culturais em um percurso que valoriza a biodiversidade e o patrimônio histórico.

“Mais do que um trajeto de aventura, ela representa uma estratégia inteligente de conservação e desenvolvimento sustentável, aproximando pessoas da natureza e fortalecendo o turismo de base comunitária”, afirmou o presidente.

UFMA, ICMBio e Rede Trilhas iniciam nova etapa na expansão da Trilha Amazônia Atlântica no Maranhão
Foto: Divulgação/UFMA

“Ampliar essa trilha até o território maranhense é essencial para integrar ainda mais o Norte e o Nordeste do Brasil. Com sua riqueza cultural e ambiental, que vai dos manguezais e restingas até a Amazônia Maranhense, o Maranhão oferece um elo importante para consolidar a trilha como um corredor ecológico e turístico de competitividade internacional”, concluiu.

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Expansão da trilha “reforça identidade”

Para o coordenador da Rede no Maranhão, Marcus Osírio Siqueira, essa expansão reforça a identidade nacional ligada às florestas e ao litoral e abre ainda novas oportunidades para a geração de renda, educação ambiental e valorização das comunidades locais. 

“Dessa forma, a Amazônia Atlântica torna-se não apenas uma trilha, mas um símbolo de união entre povos e ecossistemas, com o Maranhão desempenhando papel estratégico nesse grande projeto de integração”, concluiu Siqueira.

Focada nessa missão, a Coordenação Estadual da Rede maranhense realizou com a NPDTUR-UFMA e o ICMBio (NGI-SLZ) o evento “De Grão em Grão: a construção do turismo de base comunitária no Maranhão”, onde participaram do painel Trilhas, Trabalho e Transformação e da oficina Sinalização.

Na ocasião ficou definida a agenda 2026 e uma ampla articulação com a Instância de Governança Regional (IGR) Amazônia Maranhense e as prefeituras de Carutapera, Cândido Mendes, Luís Domingues, Godofredo Viana e Turiaçu. A parceria visa viabilizar viagens pela região para a marcação da Amazônia Atlântica, promovendo diálogo com os atores ligados ao turismo e ao meio ambiente local para construção de metodologias.

O presidente da IGR Amazônia Maranhense, Yuri Freitas da Silva, destacou que o trabalho de Rede Trilha-MA, referente à homologação da trilha e da visita aos municípios por onde ela passará e ao reconhecimento das comunidades, é muito importante para a região. “A consolidação de um trabalho multidisciplinar é uma oportunidade para o desenvolvimento do turismo de base comunitária nos territórios quilombolas e tradicionais”, observou Yuri Silva.

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O turismo de base comunitária se relaciona com esses caminhos sustentáveis ao inserir as comunidades locais no centro do planejamento, da gestão e da condução da visitação. Para a coordenadora do NPDTUR-UFMA, professora Mônica de Nazaré Ferreira de Araújo, elas deixam de ser apenas percursos físicos e passam a ser espaços de valorização cultural, geração de renda e educação ambiental. “Quando construídas de forma participativa, respeitam os limites ambientais e os modos de vida tradicionais”, destacou Mônica Araújo.

“As trilhas sustentáveis organizam o fluxo de visitantes, reduzem impactos e fortalecem o sentimento de pertencimento comunitário. Caminhar pela trilha é também conhecer histórias, saberes e práticas do território. As trilhas e TBC se complementam como estratégias de conservação aliadas ao desenvolvimento local e a UFMA é uma grande aliada desse projeto”, finalizou a pesquisadora.

*Com informações da UFMA

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