Antiga fachada do museu, antes da reforma em 2024. Foto: Reprodução/Secult-AP
O município de Oiapoque, no Amapá, abriga cerca de 6 mil indígenas, em 34 aldeias, vivendo em uma área de 520 mil hectares nas Terras Indígenas Uaça, Galibi e Juminã. Por esse motivo, os povos indígenas do Oiapoque possuem um lugar especial para a preservação de sua história e sabedoria: o Museu Kuahí.
O museu integra os múltiplos saberes das populações indígenas, promovendo respeito à sua identidade cultural e oferecendo atividades que mantem o intercâmbio entre as aldeias, instituições acadêmicas, museus nacionais e internacionais e organizações socioambientais.
Fundado em 2007, seu nome se refere tanto a um pequeno peixe, também denominado matupiri, presente nas águas de diversas regiões das Terras Indígenas do Oiapoque, quanto a um padrão gráfico símbolo entre alguns povos da região, utilizado na decoração de artefatos locais. “Kuahí”, em língua tupi-guarani, significa “olhar para o futuro”.
As etnias Karipuna, Palikur, Galibi Marworno e Galibi Kalinã são representadas no museu, cujo objetivo é integrar as atividades culturais e manter viva a tradição desses povos.
O espaço possui loja, sala de teatro, áreas para exposições fixas, temporárias e audiovisuais, biblioteca , feira do agricultor, reserva documental, etnográfica e arqueológica, maloca e jardim.
Ao entrar no museu Kuahí o visitante se depara com mastros e bancos do Turé (dança típica). E nos outros ambientes pode ver o processo de construção de cuias e canoas, joias em miçanga e penas, potes de barro e muitas outras peças da cultura indígena do Oiapoque.
De acordo com a Secretaria de Cultura do Estado do Amapá (Secult), a iniciativa de criar o museu partiu das quatro etnias que habitam o extremo norte do Brasil, na fronteira com a Guiana Francesa. Além de mostrar e preservar a sua cultura, as etnias também buscam estreitar os laços com os moradores da cidade de Oiapoque.
*Com informações da Secult e do Governo do Amapá