Cozinhas e redário são criados para fortalecer turismo de base comunitária em reserva no Pará

Planejamento e início das obras marcam consolidação de um desejo antigo de comunidades da Reserva Extrativista Tapajós Arapiuns, em Santarém.

Foto: Poliane Batista/Sapopema

O projeto de construção de infraestruturas para o turismo nas comunidades São Miguel, São Marco e Tucumã, em Santarém, no Pará, está animando e mobilizando dezenas de comunitários. Conduzida pela Tapajoara e Sapopema no âmbito do Projeto Floresta Mais Amazônia/PNUD, a iniciativa pretende aumentar as possibilidades de geração de renda para a região que aposta no turismo sustentável com a floresta em pé.

Poliane Batista, bióloga da Sapopema e responsável pelo projeto, reforça a relevância da atual fase de implementação das estruturas, após um longo período de planejamento e diálogo. “Apesar das dificuldades, especialmente com a seca extrema, estamos unindo forças em um processo participativo para seguir o calendário de execuções planejadas,” explicou.

As primeiras construções, incluindo cozinhas comunitárias e redários, têm previsão de entrega até o final do ano, utilizando tanto materiais levados de Santarém quanto recursos naturais da própria reserva.

Tamara Saré, arquiteta envolvida na execução dos projetos, contou que a iniciativa inclui a construção de cozinhas comunitárias, redários, cabanas e outros equipamentos que vão profissionalizar a atividade turística nessas áreas. Ela destaca a importância da participação comunitária em todas as etapas do processo, desde a consulta inicial até o compromisso ativo na construção.

Representantes das comunidades falaram sobre suas expectativas e gratidão pelo projeto. Ronildo dos Santos, da comunidade Tucumã, ressaltou a confiança mútua entre a equipe de construção e os moradores locais. “Nosso objetivo é receber grupos de pessoas, e confiamos no trabalho de parceria. Queremos que esse esforço conjunto traga benefícios para nossa comunidade e visitantes,” declarou.

Rildo Pidal, da comunidade de São Miguel, contou sobre a alegria e gratidão pelo projeto que promete aumentar a renda local através do turismo comunitário. “O turismo é uma porta aberta para todas as comunidades, e somos gratos pelo apoio da Sapopema. Esse incentivo fomenta a economia local e traz novas oportunidades,” disse.

O projeto apoiado pelo Projeto Floresta+ Amazônia é uma iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), com apoio do Fundo Verde para o Clima (Green Climate Fund – GCF) e avança com a expectativa de transformar significativamente a infraestrutura turística da região, destacando o papel crucial das comunidades locais no processo de desenvolvimento sustentável.

*Com informações da Sapopema

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