Inpa compõe Rede Amazônica de instituições científicas para desenvolver bioeconomia

Aporte para o desenvolvimento de soluções inovadoras na bioeconomia é de US$ 2 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Oito institutos científicos da Pan-Amazônia do Brasil, Colômbia, Peru, Bolívia e Equador unem esforços e capacidades para conservar a biodiversidade e desenvolver soluções inovadoras para a bioeconomia amazônica. Apoiada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a Rede Amazônica para Pesquisa e Inovação em Biodiversidade realizou a primeira reunião de trabalho no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), em Manaus, e contou com a presença do presidente do BID, Ilan Goldfajn.

A Rede vai integrar o Programa Amazônia Sempre do BID e receberá apoio técnico e investimento inicial de US$ 2 milhões para desenvolver programas e projetos colaborativos no bioma. A intenção é que a Rede atue em direção à bioeconomia e produza resultados que possam gerar novos negócios baseados nas plantas, animais e microrganismos da Amazônia.

“Isso vai desde as questões que envolvem, por exemplo, a indústria de alimentos e a segurança alimentar, mas também a saúde com os princípios ativos que podem ser transformados em produtos utilizados para o tratamento ou controle doenças tropicais negligenciadas”, exemplificou o diretor do Inpa, o professor Henrique Pereira, destacando que o plano de trabalho e áreas de interesse estão em construção na reunião que segue até sábado (15).

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A Rede é formada pelas três entidades vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI/Brasil) na Amazônia: o Inpa, o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM).

De outros países estão envolvidos o Instituto Amazónico de Investigaciones Científicas (SINCHI/ Colômbia), Alexander von Humboldt Biological Resources Research Institute (IAVH/Colômbia), Instituto de Investigaciones de la Amazonía Peruana (IIAP/Peru), Instituto Nacional de Biodiversidad (Inabio/ Equador) e Universidad Mayor de San Andrés (UMSA/ Bolívia).

O presidente do BID destacou a importância de criar uma rede dentro da Amazônia, começando por quem já está presente na região. O dirigente enfatizou que o objetivo do banco é coordenar iniciativas e os recursos, promovendo integração com uma visão holística da região, considerando as necessidades das pessoas e comunidades locais, incluindo comunidades indígenas.

“Nós precisamos mostrar para o mundo que a floresta tem muito mais valor em pé do que desmatada”, disse Goldfajn.

“O que é sustentável não se resume apenas ao combate ao desmatamento, mas é focar e considerar as pessoas, os povos e as comunidades que moram aqui, e buscar alternativas econômicas viáveis”, completou o presidente, que esteve em Manaus para participar da 22ª Semana da Sustentabilidade.

Na visita ao Inpa, na quarta-feira (12), Goldfajn se reuniu com os representantes da Rede e teve a oportunidade de conhecer e amamentar os filhotes de peixe-boi da Amazônia, espécie ameaçada de extinção. Há quase cinco décadas o Inpa estuda a espécie, e em parceria com a Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa), atua no resgate e reabilitação para devolver os animais à natureza.

O passeio no Bosque da Ciência contemplou a Casa da Ciência, onde foram apresentados projetos do Inpa relacionados a mudanças climáticas, como o de Observação da Torre Alta da Amazônia (ATTO/ convênio com a Alemanha), o AmazonFace (Cooperação com o Reino Unido) e o Nanorads, em convênio com a Shell, que usa aplicação de nanobiotecnologia para recuperar área degradadas usando a castanheira.

O presidente do banco estava acompanhado do representante do BID no Brasil, Morgan Doyle, o CEO do BID Invest, James Scriven, a chefe da unidade de coordenação da Amazônia, Tatiana Schor, e assessores.

Participaram da primeira reunião da Rede o diretor do Inpa, Henrique Pereira, e a coordenadora-geral de Planejamento, Administração e Gestão, Magalli Henriques; o chefe de Gabinete, Jorge Porto, a coordenadora-geral de Pesquisa, Capacitação e Extensão, Sônia Alfaia; a coordenadora substituta de Pesquisa e Pós-Graduação, representando o diretor do MPEG, Marlúcia Martins; o diretor-geral do IDSM, João Valsecchi do Amaral, e o diretor técnico-CientÍfico do IDSM, Emiliano Esterci Ramalho; a diretora-geral do SINCHI (Colômbia), Luz Marina Cárdenas; o diretor geral do Instituto Humboldt (Colômbia), Hernando García Martínez; a presidente-executiva do IIAP (Peru), Carmen Rosa García Dávila; o diretor executivo Inabio, Diego Javier Inclán Luna; e a diretora do Instituto de Ecología (Bolivia), Adriana Rico Cernohorska.

*Com informações do Inpa

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