Expositores puderam fazer networking e conhecer o mercado de gastronomia, moda, artesanato e pintura corporal com características regionais.
Mesas de palestras, debates e espaço de perguntas e respostas marcaram o ‘1º Fórum de ESG Amazônia: Desenvolvimento Sustentável na Amazônia’. O encontro contou com especialistas, líderes corporativos e representantes governamentais que debateram como as empresas podem, concretamente, contribuir com o crescimento sustentável na Amazônia e no mundo.
Além disso, ao longo da programação do evento, expositores locais marcaram presença. Empreendedores estes que estão engajados na causa ESG e de desenvolvimento sustentável no geral.
É o caso do idealizador do ‘Amigos da Floresta’, Fábio Silva, empresa voltada para o turismo gastronômico na região, com o objetivo de fornecer produtos com ingredientes regionais, fomentando a economia familiar.
“Nós temos o ESG como um dos principais pilares de atuação. Nós desenvolvemos soluções artesanais para o turismo e para a gastronomia contando histórias através das receitas e viajando em função do alimento. Com isso a gente consegue, tanto no turismo quanto na gastronomia, soluções saudáveis e sustentáveis para entender como funciona a cultura amazônica”,
explicou Fábio.
Ele comenta que o ‘Amigos da Floresta’ possui uma linha de produtos artesanais a pronta-entrega e uma linha de “forno e fogão”, para eventos personalizados. São várias opções: “A gente tem granolas sustentáveis, saudáveis, sem lactose, glúten, conservante ou açúcar, com sabores funcionais; a farinha da pupunha; uarini torrada com a pimenta murupi; uma variedade de geléias amazônicas, sempre sem conservantes; o azeite de pimenta murupi”.
Estiveram presentes também expositores de roupas, artesanato e pintura corporal, como o jovem Amadeu Ferreira de Castro, indígena Saterê-Apurinã, que trabalha com grafismos e criou uma loja de roupas que exibem esses elementos culturais.
“Para mim é uma grande oportunidade de trazer para cá, porque foi o grafismo corporal que me tirou da minha zona de conforto. Então eu trabalho disso, eu vivo disso. E eu trouxe para cá para mostrar para o pessoal como é a nossa tradição, a nossa cultura, como é que funciona. Eu venho ensinando sobre o grafismo corporal, os seus significados”,
pontuou.
Preservação da floresta e dos povos
Ao Portal Amazônia, Régia Moreira Leite, coordenadora da comissão de ESG do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam) – realizador do Fórum -, mencionou a importância de se debater os significados da sigla ESG na região.
“Nós estamos no meio da floresta amazônica, nós estamos no coração. Do mundo. Nós estamos aqui para defender essa floresta amazônica e mostrar, engajar todas as indústrias que aqui estão sobre a importância de ter o ESG, de adotar esses pilares de ESG, que é a sustentabilidade, é o meio ambiente, a conservação do nosso meio ambiente, que é a parte social da inclusão dos povos, a inclusão dos povos originários, inclusão de toda a nossa sociedade em todas as indústrias, em todos esses pilares. E o G, que é a governança do ESG, que é todos nós trabalhamos com ética, com respeito, com todos os mundos, com todas as sociedades de modo geral”,
finalizou Régia.
O 1° Fórum de ESG Amazônia acontece em Manaus (AM) nesta segunda-feira (25) e é realizado pelo Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam) em parceria com a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).