Andiroba. Foto: Nailana Thiely/Acervo Uepa
Em pesquisa realizada no Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Natureza e Desenvolvimento (PPGSND) da Universidade Federal do Pará (Ufopa), experimentos apontaram que o resíduo derivado do subproduto industrial da produção de óleo de andiroba tem importantes propriedades acaricidas, que possibilitam o combate a carrapatos.
A andiroba, cientificamente conhecida como Carapa guianensis, é uma planta amazônica cuja semente é prensada para extração de óleo, e o material que sobra depois desse processo, geralmente, é descartado.
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A pesquisa, que buscou conhecer as propriedades desse resíduo, sugere que o subproduto industrial pode ser uma alternativa viável para a formulação de agentes acaricidas naturais. Esse resultado abre possibilidades promissoras para o controle de uma espécie de carrapato (Dermacentor nitens) que infesta cavalos, e de outras espécies relacionadas.
O resultado do estudo foi publicado como artigo científico na revista Veterinary Sciences, um periódico internacional sobre ciências veterinárias. De acordo com a publicação, assinada por nove pesquisadores da Ufopa, constatou-se que o extrato de andiroba na concentração de 5% pôde matar todos os carrapatos no teste utilizado.
O texto enfatiza que “atualmente, o controle do carrapato é baseado em acaricidas químicos, geralmente em uma formulação em pó para uso tópico. No entanto, seu uso indiscriminado resulta no surgimento de linhagens de carrapatos resistentes”.
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Diante disso, a pesquisa buscou testar as atividades biológicas do resíduo de andiroba como alternativa nesse combate. Confira o artigo completo AQUI.
A pesquisa recebeu financiamento da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
*Com informações da Ufopa