Pará lidera ranking de casos em investigação de Febre Amarela na Amazônia

O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (7) dados sobre a situação da febre amarela no país, tendo como base as informações repassadas pelas secretarias estaduais de saúde.

O período monitorado foi de 1º de julho de 2017 a 6 de março de 2018, onde foram confirmados 846 casos de febre amarela no país, desses, 260 vieram a óbito.

Ao todo, no período foram notificados 3.234 casos suspeitos, desses, 1.560 foram descartados e 828 continuam sendo investigados.

Nos estados que fazem parte da Amazônia Brasileira, foram notificados 72 casos, desses 52 foram descartados, 20 continuam em investigação e nenhum confirmado no período.

O Estado que lidera os casos da febre amarela ainda em investigação é o Pará, com 6 casos, seguido de Tocantins, com 5 casos e Amazonas e Maranhão com 3 casos cada. Acre e Roraima seguem sem nenhum caso sendo investigado.

Segundo o Ministério da Saúde, os informes de febre amarela seguem, desde o ano passado, a sazonalidade da doença, que acontece, em sua maioria, no verão. Dessa forma, o período para a análise considera de 1º de julho a 30 de junho de cada ano.

Foto: divulgação / Ministério da Saúde

Ainda segundo relatório do Ministério da Saúde, “o vírus da febre amarela hoje circula em regiões metropolitanas do país com maior contingente populacional, atingindo 32,5 milhões de pessoas que moram, inclusive, em áreas que nunca tiveram recomendação de vacina”.

Sobre a
 febre amarela

É uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores, e possui dois ciclos de transmissão: silvestre (quando há transmissão em área rural ou de floresta) e urbano. O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados e não há transmissão direta de pessoa a pessoa. A doença tem importância epidemiológica por sua gravidade clínica e potencial de disseminação em áreas urbanas infestadas pelo mosquito Aedes aegypti.

Os sintomas iniciais da febre amarela incluem o início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. A maioria das pessoas melhora após estes sintomas iniciais. No entanto, cerca de 15% apresentam um breve período de horas a um dia sem sintomas e, então, desenvolvem uma forma mais grave da doença.

Foto: Divulgação / Ministério da Saúde

Prevenção

O Sistema Único de Saúde oferta vacina contra febre amarela para a população. Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema vacinal de apenas uma dose durante toda a vida, medida que está de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Toda pessoa que reside em Áreas com Recomendação da Vacina contra febre amarela e pessoas que vão viajar para essas áreas deve se imunizar.

A vacinação para febre amarela é ofertada na rotina dos municípios com recomendação de vacinação nos seguintes estados: Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia, Maranhão, Piauí, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Além das áreas com recomendação, neste momento, também está sendo vacinada a população do Espírito Santo.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

O interior de Rondônia não valoriza seus museus

Prédios abandonados e fechados à visitação pública.

Leia também

Publicidade