Projeto Tay Tay: comunidade indígena de Roraima transforma cultivo de pimenta em empreendimento

O nome Tay Tay significa “curupira” na língua indígena macuxi e faz alusão ao personagem que é guardião da floresta e aprecia pimenta.

Pimenta é um tempero muito utilizado na Amazônia, principalmente, pelas comunidades indígenas. Em Roraima, a comunidade indígena Aurora do Campo, na zona rural de Boa Vista, decidiu produzir a própria pimenta (a famosa jiquitaia) e o que era um material de consumo próprio se transformou em uma forma de empreender.

Foto: Claudia Ferreira/Prefeitura de Boa Vista

As pimentas produzidas artesanalmente e envasadas ganharam o gosto da comunidade. Logo, o processo da pimenta em pó ficou conhecido e através do projeto Tay Tay passou a ser distribuído para venda. 

O lançamento da marca aconteceu no dia 26 de fevereiro de 2019 e ficou sob a responsabilidade de um grupo de mulheres da comunidade Vista Alegre, que iniciou a produção para consumo próprio.

O nome Tay Tay significa “curupira” na língua indígena macuxi e faz alusão ao personagem que, segundo as lendas indígenas, é guardião da floresta e aprecia pimenta, chegando a plantar várias delas pelas matas.

Foto: Welika Matos/Prefeitura de Boa Vista

Incentivo 

Dona Lurdes Pereira, agricultora e responsável pelo grupo de produção da pimenta, enfatizou que está muito feliz vendo o projeto ganhando espaço. “Sempre incentivo meus filhos e minha família a trabalharem comigo e hoje estamos aqui mostrando nossa produção para todos”, disse.

O projeto recebe insumos fornecidos pela prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura e Assuntos Indígenas (SMAAI), como sementes, fertilizantes, equipamentos para irrigação, máquinas, assistência técnica, criação da identidade visual em rótulos e embalagens, além da comercialização do produto. 

Foto: Claudia Ferreira/Prefeitura de Boa Vista

AgroBV 2022 

A pimenta Tay Tay é um dos produtos expostos na maior feira Agro do Estado de Roraima, a AgroBV. O evento iniciou nesta sexta-feira (22), com palestras técnicas voltadas aos produtores rurais. E nos dias 23 e 24, a partir das 8h, é aberta ao público para conhecer todo o Campo Experimental, no Centro de Difusão Tecnológica (CDT), que fica na região do Bom Intento (km 5), a 17km da capital.

Também é possível conferir as exposições de produtos de pequenos agricultores da zona rural, como também de empresas de outros Estados. No local, foram montados 32 estandes de expositores com máquinas, implementos, insumos agrícolas, veículos e agentes financiadores, em que os visitantes poderão obter informações, além de contratar linhas de crédito e financiamento no setor do Agronegócio. A Feira também conta com estacionamento exclusivo para o público, além de uma praça de alimentação. 

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Pará perde Mestre Laurentino; artista completaria 99 anos em janeiro de 2025

Natural da cidade de Ponta de Pedras, na Ilha do Marajó, ele era conhecido como o roqueiro mais antigo do Brasil.

Leia também

Publicidade