O garimpo Mutum fica no extremo Norte de Roraima, conforme o Exército. No local, foram apreendidos 200 ml de mercúrio, 5g de cocaína e 25g de ouro, além de materiais de garimpo ilegal.
Um garimpo denominado Mutum foi desativado na Terra Yanomami durante uma operação do Exército nesta sexta-feira (11) em Roraima. Entre os itens encontrados foram apreendidos materiais de extração mineral, drogas, munições e ouro.
Dois suspeitos foram apreendidos e encaminhados à sede da Polícia Federal, que atuou junto ao Exército durante a operação.
Conforme o relato do Exército foram apreendidos 200 ml de mercúrio, 5g de cocaína e 25g de ouro que estavam junto de celulares, balanças de precisão e cadernos contendo anotações de comércio de material ilegal.
Entre os materiais usados para o garimpo ilegal foram encontrados uma britadeira, uma motosserra, uma furadeira, um maçarico, uma maleta de ferramentas e uma serra mármore.
Também foram encontrados carregadores de pistola 9mm, munições de 9mm, quatro caixas de munição calibre .20 e uma espingarda calibre .20.
A ação faz parte da Operação Verde Brasil 2 e foi conduzida pela 1ª Brigada de Infantaria de Selva.
Terra Yanomami
A Terra Yanomami é a maior do Brasil, com mais de 9 mil hectares distribuídos entre os estados de Roraima e Amazonas, a região abriga 26.780 indígenas. A estimativa é que cerca de 20 mil garimpeiros ilegais estejam infiltrados no território.
O local é considerado o mais vulnerável ao coronavírus entre as regiões indígenas da Amazônia por um estudo elaborado pelo Instituto Socioambiental (Isa), parceiro no relatório, e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
A pandemia de coronavírus avançou 250% em três meses dentro da Terra Indígena Yanomami. Um em cada três moradores da região pode ter sido contaminado, segundo relatório inédito produzido por uma rede de pesquisadores e líderes Yanomami e Ye’kwana.