Conheça o trabalho de quem atua nos grupos de apoio do Boa Vista Junina

Enquanto os dançarinos precisam estar impecáveis no tablado, cabe a equipe de apoio guiá-los durante a performance.

Quem olha uma quadrilha se apresentando com todo o glamour e aclamação, não faz a mínima ideia do trabalho que dá e a equipe que se envolve para a performance ser executada da melhor maneira no tablado. 

Durante o Boa Vista Junina de 2022, a reportagem do Portal Amazônia acompanhou de perto o trabalho de uma equipe essencial para os grupos juninos: a equipe de apoio.

Apoio trabalha enquanto a quadrilha se apresenta para os jurados. Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia

Enquanto os dançarinos precisam estar impecáveis no tablado, cabe a equipe de apoio guiá-los durante a performance, seja entregando itens chaves para a apresentação ou resgatando um chapéu que cai da cabeça de um quadrilheiro. Eles ficam de olho em qualquer coisa que não saia como planejado na evolução da quadrilha dentro da competição.

O jovem Moisés Freitas é um exemplo. Ele corria de um lado para o outro da Arena Junina, responsável por entregar os adereços que seriam utilizados na evolução da quadrilha ‘Sanfona Junina’. Após a apresentação, afirmou que “todo o sacrifício vale a pena no final”.

Confira imagens do trabalho do grupo de apoio das quadrilhas do Boa Vista Junina:

“Temos uma missão importante fora do tablado, pois os quadrilheiros ficam focados na apresentação e não podem parar por nada. O nosso papel é auxiliar da melhor maneira possível, como por exemplo, pegar um chapéu que cai no chão ou ajustar uma roupa que desmonta. É difícil, mas gratificante”, 

explicou ao Portal Amazônia.

Força, experiência e orgulho

Um momento de tensão? Quando a equipe de apoio começa a montagem da estrutura a ser utilizada pela quadrilha. Às vezes, as peças são gigantescas e exigem um trabalho extra. 

“É cansativo. O nosso trabalho começa antes e vai até depois da apresentação. Entretanto, no fim, o que importa é ajudar no desempenho da quadrilha”, disse Emerson Quintana, após retirar do tablado uma estrutura de metal.

Dona Maria atua há 26 anos como apoio e na coordenação da quadrilha ‘Tradição Macuxi’. Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia

Antes da entrada da quadrilha ‘Tradição Macuxi’, a dona Maria Gomes colocava alguns adornos em uma barraquinha que entraria no tablado. Ela atua há 26 anos como apoiadora do grupo e diz que o orgulho é muito grande. “Temos uma missão importante, a de cuidar dos quadrilheiros. O nosso trabalho reflete no que as pessoas assistem no tablado”, contou.

Geralmente, a jovem Rayla Silva dança nas apresentações das quadrilhas, mas este ano, ela teve que deixar o tablado para auxiliar os seus colegas. 

“O trabalho de verdade se inicia com os ensaios. O grupo de apoio precisa saber de toda a coreografia e, principalmente, prevê tudo o que possa dar errado durante a evolução da quadrilha. Eu me sinto orgulhosa por dar esse suporte para os meus amigos”, assegurou.

 

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