Homenagens marcam segunda noite de apresentações do Boa Vista Junina

A emoção tomou conta do público que acompanhou a disputa das quadrilhas na Praça de Eventos Fábio Marques Paracat.

Homenagens, sonhos de crianças e mergulho nas águas da Amazônia marcaram a segunda noite da 22ª edição do Boa Vista Junina, que aconteceu  neste domingo  (12), na Praça de Eventos Fábio Marques Paracat na capital roraimense. 

Dessa vez, a chuva deu uma trégua e todas as quadrilhas subiram no tablado para celebrar uma das disputas mais acirradas do Estado.

Mundo das águas mostrou o casamento da Iara com o Boto. Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia

A primeira agremiação que subiu ao tablado foi a ‘Namoro Caipira’, do grupo emergente. Eles levaram o tema ‘Namoro decide mergulhar nas águas neste São João’. Ao todo 17 casais, além dos itens especiais, fizeram uma festa e encantaram todos os presentes na arena. O casório entre a Iara e o Boto marcou o ápice da apresentação e agradou ao público presente.

A quadrilha ‘Namoro Caipira’ existe desde 1996 e foi criada por Albaniza Monteiro. Hoje, quem preside a agremiação é a filha dela, Esla Monteiro, que ficou emocionada ao falar sobre o retorno das festividades juninas em Roraima.

“Foram dois anos difíceis, onde muitas pessoas perderam os seus familiares. Fico feliz em poder trazer toda a alegria da Namoro Caipira para o tablado”,

contou Esla.

Noivos da quadrilha ‘Namoro Caipira’. Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia

Emoção

Em seguida, a quadrilha ‘Filhos de Macunaíma’, do grupo de acesso, levou o tema ‘Saudade do que dá saudade’, abordando o sentimento inexplicável que é a história dos antepassados e de como elas influenciam a sociedade atual. No fim da apresentação, eles fizeram uma homenagem ao fundador da quadrilha ‘Explosão Caipira’, Joel Rodrigues, que, infelizmente, perdeu a luta contra a Covid-19.

Emocionada, a viúva de Joel falou sobre a homenagem ao marido, que era muito querido por todos os companheiros. “Ele era uma pessoa querida por todos os quadrilheiros e a homenagem é mais que justa, afinal, as festividades juninas estavam no sangue do Joel”, disse Paula Lemos.

Quadrilheiros se emocionaram com homenagem a Joel. Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia

Mundo fantástico

Um mundo lúdico se abriu no tablado com a performance da quadrilha ‘Agitação Caipira’, do Grupo de acesso. Eles apostaram em fantasias coloridas e que remetiam ao mundo dos sonhos de todas as crianças. O animador da agremiação, Alessandro Calisto, entrou com a indumentária baseada no Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry.

“É um tema bonito, afinal, qual criança não é sonhadora? Durante a apresentação mostramos os mais diversos sonhos e damos esperança a população, após os momentos tenebrosos causados pela pandemia”, explicou Alessandro. 

Quadrilha ‘Agitação Caipira’ levou uma explosão de cores para o tablado. Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia

Grupo especial

A quarta apresentação da noite foi da quadrilha ‘Amor Caipira’, a primeira do grupo especial a se apresentar no evento. Eles levaram o tema ‘Cantata Gonzaguiana – O menino que virou Rei’. A estrutura da agremiação impressionou o público. O momento de destaque ficou com a entrada dos noivos, que fizeram o casório nas alturas. Já um coral deixou a apresentação ainda mais emocionante. 

Noivos da ‘Amor Caipira’ voaram pelo tablado. Foto: Prefeitura de Boa Vista/Reprodução

Encerramento da noite

Já os responsáveis de fecharem a segunda noite do Boa Vista Junina foram os quadrilheiros da ‘Eita Junino’, também do grupo especial. Com o tema, ‘É tempo de semear para festejar’, a agremiação focou na colheita de milho e a importância das plantações para o crescimento de uma localidade. 

Quadrilha ‘Eita Junino’ fechou o segundo dia de apresentações. Foto: Prefeitura de Boa Vista/Reprodução

Confira a ordem da programação do Boa Vista Junina para esta segunda-feira (13):

Evolução Junina (Emergente)
Estrela Junina (Acesso)
Luar do Sertão (Acesso)
Matuta Encantá (Especial)
Zé Monteirão (Especial) 

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Victor Xamã: a renovação do rap que vem da Amazônia

Expoente do estilo na região Norte, artista chama atenção por timbre grave e rimas que falam do cotidiano de quem vive entre as agruras da cidade grande e a maior floresta do mundo.

Leia também

Publicidade