Boa Vista é primeira capital da Amazônia Legal a possuir um centro de compostagem de resíduos orgânicos

Boa Vista (RR) é exemplo quando o assunto é sustentabilidade. E, em mais uma forma de garantir a preservação do meio ambiente, foi apresentado no mês de abril, o primeiro Centro de Compostagem de Resíduos Orgânicos. A iniciativa faz parte do projeto ‘Boa Vista Acolhedora’, uma parceria entre a prefeitura municipal (PMBV) e a Associação Voluntários para o Serviço Internacional (AVSI).

Funcionando em um espaço cedido pela prefeitura, de aproximadamente 40.000m², no Distrito Industrial, o Centro é o primeiro na região da Amazônia Legal e já recebeu mais de 200 toneladas de resíduos orgânicos desde setembro de 2023. Todo o processo acontece nas diretrizes do Plano Municipal de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PMGIRS).

Foto: Giovani Oliveira/PMBV

“Antes, o material de resíduos orgânicos coletados na capital eram destinados para o Aterro Sanitário, diminuindo a vida útil do local e gerando a produção dos gases de efeito estufa, que contribuem para o aumento do aquecimento global. Porém, desde setembro do ano passado, passaram a ser entregues para o Centro, onde é feito o manejo adequado, gerando emprego e renda para muitas pessoas”, disse o prefeito Arthur Henrique.

Fomento a agricultura familiar

A partir desse material, é iniciado o processo de decomposição controlada, resultando em um adubo de alta qualidade para a agricultura familiar local.

A iniciativa beneficia principalmente as famílias contempladas com o Plano Municipal de Desenvolvimento do Agronegócio (PMDA), que utilizam esse adubo nas próprias produções.

“Esse tipo de ação é uma das diretrizes do PMGIRS, que prevê a organização de todos os fluxos, processos e procedimentos com relação aos resíduos gerados em Boa Vista. Desde a divisão, o transporte e a destinação final”

explicou o secretário municipal de Meio Ambiente, Alexandre Santos.

Foto: Giovani Oliveira/PMBV

Projeto ‘Boa Vista Acolhedora’

Além da parceria entre a prefeitura e a AVSI Brasil, o projeto envolve outras organizações. É financiado pela União Europeia e apoiado pela Fundação Banco do Brasil.

O setor de resíduos é um dos grandes contribuintes para as mudanças climáticas, pois os materiais não são manejados de forma correta. “Esses resíduos têm muito valor quando sabemos reaproveitá-los, gerando novos produtos no mercado. Nós circulamos o resíduo, reintroduzindo na economia. Isso é economia circular, prolongar ao máximo a vida útil dos nossos recursos e materiais. Gera emprego, renda e um meio ambiente mais equilibrado”, afirmou a gerente especial da AVSI, Gabriela Andrade.

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