Presença dos povos indígenas nos espaços de poder é defendida por presidenta da Funai 

Em cerimônia na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), Joenia Wapichana foi homenageada e destacou a sabedoria dos povos indígenas, bem como a sua representatividade.

A representatividade dos povos indígenas nos espaços de poder e a participação nas discussões sobre política, economia, saúde, educação e meio ambiente devem ser garantidas pelo Estado na construção da política indigenista. Foi o que defendeu a presidenta da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, em cerimônia na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), no último dia 13. 

No evento, ela foi homenageada e destacou a sabedoria dos povos indígenas, que sempre aconselharam a cuidar do meio ambiente para evitar as catástrofes ambientais cada vez mais recorrentes, e defendeu a demarcação de terras e a proteção dos territórios tradicionalmente ocupados para a preservação da identidade e cultura indígena. 

A deputada estadual Maria Helou é a autora do requerimento para homenagear a presidenta da Funai que, para ela, abriu portas para outras mulheres indígenas ocuparem espaços de poder. Joenia Wapichana recebeu o Colar de Honra ao Mérito Legislativo por seu trabalho em defesa dos direitos indígenas. 

Joenia, do povo Wapichana de Roraima, é pioneira na representatividade das mulheres indígenas em espaços de poder, sendo a primeira a se tornar advogada, deputada federal e presidenta da Funai — autarquia responsável pela promoção e proteção aos direitos dos povos indígenas. 

A cerimônia foi aberta pelo coral kyre’ymba do povo Guarani, da Terra Indígena Jaraguá, em São Paulo, e contou com a participação do ativista indígena Ailton Krenak, primeiro indígena a se tornar ‘imortal’ pela Academia Brasileira de Letras.

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 Foto: Lohana Chaves/Funai

Ele celebrou a homenagem feita à Joenia Wapichana, classificou o Marco Temporal para demarcação de terras indígenas como uma “excrescência jurídica que afronta a Constituição Federal” e criticou a cobiça humana em extrair minerais preciosos da terra, devastando o meio ambiente e causando as mudanças climáticas que afetam todo o mundo atualmente. 

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 Foto: Lohana Chaves/Funai

O coordenador regional da Funai no Litoral Sudeste, Ubiratã Gomes, e servidores da autarquia indigenista também participaram da cerimônia. 

*Com informações da Funai

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