Primeiro catamarã movido a energia solar da Amazônia é lançado no Pará

A embarcação elétrica é uma tentativa de reduzir a quantidade de gás carbônico (CO2) lançado na atmosfera em decorrência da queima de combustíveis fósseis.

Em alusão ao peixe que possui cargas elétricas e que vive nas águas doces da região amazônica, o catamarã “Poraquê” foi lançado na orla do Campus Belém da Universidade Federal do Pará (UFPA). A embarcação elétrica é uma tentativa de reduzir a quantidade de gás carbônico (CO2) lançado na atmosfera em decorrência da queima de combustíveis fósseis, dado que sua fonte de energia provém de placas fotovoltaicas.

A iniciativa resulta da parceria entre a UFPA e a Norte Energia, por meio do Projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O vice-reitor Gilmar Pereira, que prestigiou o evento, espera que o projeto estimule o desenvolvimento de novos veículos.

O “Poraquê” utiliza dois motores elétricos de 12 kW cada um, três conjuntos de baterias, com capacidade para armazenar 47 kW, e 22 placas solares instaladas na parte superior do barco.

Existem duas formas de carregamento do catamarã: por meio da energia solar, que garante à embarcação uma autonomia de 8 horas; e por meio das estações de recarga de veículos elétricos, os eletropostos. O barco tem capacidade para transportar 23 passageiras(os) e duas(dois) tripulantes, além de possuir espaço para cadeirantes. As plataformas de acesso distribuem-se em três pontos de embarque e desembarque.

O professor Emannuel Loureiro, diretor da Faculdade de Engenharia Naval da UFPA, comenta que a inauguração do “Poraquê” representa um avanço para a mobilidade fluvial não somente da Universidade, mas também para a Amazônia. “Belém do Pará está na vitrine da questão da sustentabilidade e das alterações climáticas. Quando se apresentam soluções que se alinham às políticas nacionais e internacionais, espera-se atrair novos investimentos e desenvolver novas pesquisas que possam ser replicadas em outras atividades”, comenta Loureiro.

A expectativa é que o “Poraquê” navegue pela orla da UFPA, atendendo mil passageiros por dia, entre estudantes, servidoras(es) e pessoas que utilizam os serviços da Instituição. O catamarã será caracterizado como o novo circular fluvial da Universidade, porque integra o Sistema Inteligente Multimodal da Amazônia (Sima), que já possui dois ônibus elétricos que funcionam diariamente, de forma gratuita, para atender às necessidades de locomoção das(os) estudantes pelo Campus Belém e para realizar o transporte de alunas(os) e professoras(es) ao Campus Castanhal da UFPA.

Foto: Divulgação/UFPA

*Com informações da UFPA

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Espécies novas de sapos ajudam a entender origem e evolução da biodiversidade da Amazônia

Exames de DNA feitos nos sapos apontam para um ancestral comum, que viveu nas montanhas do norte do estado do Amazonas há 55 milhões de anos, revelando que a serra daquela região sofreu alterações significativas.

Leia também

Publicidade