Apesar de ser uma lenda do século 19, a ‘garota do táxi’ se mantém viva no imaginário dos paraenses, principalmente dos taxistas.
Josephina Conte morreu aos 16 anos, em 16 de agosto de 1931. De acordo com a lenda urbana, a jovem sempre era presenteada em seu aniversário com uma viagem de táxi pela cidade de Belém, no dia 19 de abril.
Ela fazia parte de uma influente família de Belém. O seu pai, Nicolau Conte, era dono de uma fábrica de sapatos, a ‘Boa Forma’. Aos 16 anos, Josephina pegou tuberculose e seu quadro agravou. A jovem não resistiu, falecendo em 1931.
Segundo o livro ‘Visagens e assombrações de Belém’, de Walcyr Monteiro, existem várias versões da lenda, porém, o encerramento é o mesmo: o taxista transtornado em frente a antiga casa de Josephina. Inclusive, a história iniciou cinco anos após a morte da jovem.
Mistério
A história conta que a família Conte estava almoçando quando um taxista bateu à porta e cobrou uma corrida feita por uma jovem do cemitério até a residência. A princípio, eles pensaram em se tratar das outras filhas de Nicolau, entretanto, o motorista apontou para um quadro de Josephina e garantiu que ela era a ‘moça do táxi’. Em choque, os familiares explicaram que a jovem já havia falecido.
Além da aparição de Josephina, outro mistério permeia essa história. Como forma de homenagem, Nicolau enviou uma foto da jovem à Itália para passar pelo processo de ser incrustada no mármore de sua lápide. No entanto, quando a foto retornou no mármore, Josephina estava com o broche de um carro na blusa, algo que não havia na imagem original.
O jazigo de Josephina está no cemitério de Santa Izabel, localizado na Avenida José Bonifácio, s/n – Guamá, em Belém. O local se tornou uma espécie de santuário que é visitado por diversos fiéis. Inclusive, a sepultura ganhou um tom mais escuro devido a quantidade de velas deixadas pelos promesseiros.
E você daria uma carona para Josephina?