Pesquisadores realizam levantamento sobre a arborização em bairros de Belém

Objetivo é fazer um levantamento do patrimônio arbóreo nesses locais, fornecendo dados que podem auxiliar nas ações de arborização como necessidades de tratamentos, substituição e implantação de novas árvores.

Terra Firme, Guamá, Marco, Fátima, Batista Campos e Nazaré. Esses são os cinco bairros de Belém que fazem parte de um mapeamento florístico realizado por pesquisadores da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), campus Belém. 

O objetivo do projeto ‘Caracterização da urbanização no município de Belém, semente do amanhã: Belém mais verde’ é fazer um levantamento do patrimônio arbóreo nesses locais, fornecendo dados que podem auxiliar nas ações de arborização da secretaria do meio ambiente (SEMMA), como necessidades de tratamentos, substituição e implantação de novas árvores.
Pesquisadores realizam levantamento sobre a arborização em bairros da capital. Foto: Divulgação/Ufra

Com o estudo é possível conhecer as características principais dessas plantas, onde estão localizadas, se elas estão causando algum dano ao calçamento e quais necessitam de cuidados. 

“O estudo é fundamental para levantar dados sobre o clima da cidade. Com isso poderemos mensurar temperatura, umidade, concentração de gás carbônico e a formação de ilhas de calor. Os dados podem subsidiar as ações e melhorias públicas nesses locais, além da elaboração de planos de arborização em bairros que não há presença de árvores e verificar se há alguma vegetação que está causando danos na infraestrutura da cidade”,

explica o professor Cândido Ferreira Neto, que coordena o projeto juntamente com a professora Joze Melisa e o apoio do professor Antônio Moreira.

Pesquisadores realizam levantamento sobre a arborização em bairros da capital. Foto: Divulgação/Ufra

Mapeamento

A equipe, que conta também com sete alunos dos cursos de agronomia e engenharia florestal, já realizou todo o mapeamento da Avenida Duque de Caxias, no bairro do Marco, onde estão localizadas 430 árvores, de diversos tamanhos e espécies. 

“O mapeamento é feito de um a um, com GPS e a indicação de cada indivíduo, localização e as características daquela planta. Na Duque temos árvores que vão de frutíferas a outras que não são necessariamente adequadas para o local”, diz o pesquisador. 

O bairro do Marco deve ter o levantamento concluído até o final do mês de julho. Até agora já foram mapeadas 1334 árvores. 

Ele explica que o ideal para a cidade são árvores que tenham a copa grande e formem sombra, além de plantas que não possuam o sistema radicular superficial (raízes expostas). O indicado são plantas nativas, como Cenostigma tocantinum (pau preto). 

O estudo tem a duração de quatro anos, o que deve gerar o mapa virtual e a publicação de um livro. Até o final do mês de julho todas as plantas do bairro do Marco devem ter sido mapeadas, e iniciado o processo no bairro de Fátima. 

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