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Sexta, 26 Abril 2024

Tecnologia também é marketing

Sim, a tecnologia não está dissociada do atual marketing hoje, em um de meus primeiros artigos eu falo sobre o modo estratégico que o marketing tornou-se, e como já tivemos essa conversa sobre, lhe convido a ler antes O Marketing, Estratégia de Diferenciação no Mercado, para que possamos estar alinhados.

Domingo, 16 de maio o PIX com apenas seis meses de operação, consolidou-se como uma das principais formas de pagamento no país, retiro isso dos dados do Banco Central onde informam indicadores de um crescimento acelerado desde sua inauguração, ele realmente caiu na graça do brasileiro, ou sendo mais pragmático o brasileiro confiou! E isso é o que mais tem de importante para você decorar daqui pra frente.

A confiança é basicamente tudo que permeia nas ações de marketing, o objetivo é justamente adquirir a confiança do cliente sendo na persistência, no neuromarketing influenciando propositadamente, seja quebrando as objeções que deixam o cliente desconfiado dentre outras, mas entenda que o cliente só compra quando confia, só adquire quando confia, só faz um investimento quando confia, pergunta para algum colega, amigo ou parente sobre uma determinada marca, produto, empresa etc. por justamente necessitar de um parecer de alguém de confiança.

Foto: Reprodução / internet

O PIX foi idealizado para democratizar o acesso aos meios de pagamentos, algo que parece irreal mas já foi inclusive citado por Guga Stocco em um de seus podcast sobre bancos digitais, a bolha dos desbancarizados. São pessoas como nós que não usam bancos por diversas formas por exemplo: Por estarem negativados, por não confiarem em bancos, por discordar de taxas obrigatórias, por não receberem salários por contas entre outros motivos, o dado que me chamou a atenção foram do quantitativo que representa esse montante, 46% dos brasileiro fazem parte desta bolha.

Seguindo a linha de democratizar o acesso aos meios de pagamentos, essas pessoas perdem muitos benefícios, tempo em filas, rendimentos, acessibilidade, agilidade em pagamentos entre outros, e bem sabemos que uma das principais desvantagens das contas tradicionais são as taxas obrigatórias de manutenção e de transferências entre contas, os famosos DOC, TED e Boleto Bancário, onde todos tem suas especificidades e custos.

Os bancos digitais surfaram bem na onda contrária a toda essa burocracia como o NU Bank, C6 Bank, Banco Inter, KF Bank etc. onde não precisamos mais enfrentar filas para abrir uma conta, ser atendido por alguém, resolver um problema no caixa eletrônico não é mais perda de tempo, taxas de manutenção da conta não existem em bancos digitais pois o custo de manutenção deles é ínfimo em relação aos bancos tradicionais, DOC e TED ficaram gratuitos, mas o PIX revolucionou tudo quando retira as especificidades tradicionais dos meios padrões de transferências, não necessitando mais aguardar o próximo dia útil, não necessitando mais ir ao caixa fazer essa transação, não sendo mais necessário pagar R$9,90 por cada transação, é simplesmente NA HORA, e a partir daqui toda forma de transação de mercado muda.

Bom, não é de hoje que a tecnologia veio para nos auxiliar e já conversamos sobre isso em outro artigo Marketing de Experiência O Futuro do Varejo, claro que com o PIX não seria diferente, apresentando uma taxa de crescimento de 57,5% ao mês e em comparação a outros sistemas de pagamento o PIX teve uma adoção rápida e continuará evoluindo para melhor atender a população segundo o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Entenda que se em 6 meses milhões de brasileiros usam diariamente, imagine que uma das piores dores seguindo a linha de raciocínio do neuromarketing é a perda financeira e ela foi "driblada" pela segunda vez com tecnologia, na primeira foi o cartão de crédito onde que não por menos é o maior vilão dos consumidores, a taxa de inadimplência de desarranjo financeiro é alarmante, e a segunda foi o PIX.

Agora eu começo as perguntas, você já utiliza o PIX para receber pagamentos na sua loja, empresa, quiosque, carrinho de cachorro quente, serviço autônomo e afins?

Pode parecer algo fora do comum receber uma transferência mas já é presente e vou lhe abrir alguns dados de um empreendimento que tenho em Porto Velho, mais precisamente um e-commerce de semijoias onde a cliente vai até o site seja pelas redes sociais ou por tráfego pago e compra direto sem intermédio de ninguém, escolhe a peça, coloca no carrinho, faz o cálculo do frete e escolhe a forma de pagamento, cartão de crédito, boleto bancário ou PIX.

O sistema que gerencia o e-commerce traz algumas métricas para que eu possa tomar determinadas ações com base no que acontece no dia-a-dia da loja. Alguns meses posteriormente a implementação dessa nova forma de pagamento em nosso e-commerce me trouxe alguns insights que me fizeram replanejar as campanhas da loja e a principal delas é entender que mesmo vendendo para todo o Brasil, especificamente em Porto Velho as pessoas ainda possuem receios de colocar em um site seus dados de cartão de crédito, pois sempre que compravam, ou perguntavam no atendimento da loja tudo que precisavam até ganhar confiança ou faziam a compra e informava a transação para saber se estava tudo certo.

Diferente do PIX que desde a implantação sempre foi o mais utilizado pela maioria dos clientes, sem a necessidade de ter que conversar no atendimento para ter confiança pois ele já confia no meio, é rápido, é prático, é na hora, pode ser feito a qualquer momento do dia e sem custo algum. E como bem sabemos daquele velho ditado, quem chega cedo bebe água limpa, como está em processo a implantação, alguns incentivos podemos ter como no meu caso que o gateway de pagamento cobra menos da metade pela transação via PIX.

Mais recentemente foi lançado o PIX Cobrança, onde estipula-se um cálculo automático de multa, juros ou desconto, bem similar ao boleto e facilitando a vida de muitos brasileiros, trabalhadores informais, MEIs e afins. Além de todos esses benefícios, estudasse outros pontos de progressos como o PIX Troco e Saque, PIX por aproximação, transferência por usuários sem acesso à internet como em aldeias isoladas, população de baixa renda que não tenha crédito no celular e afins.

Só temos que ser rápidos e beber água limpa, a tecnologia veio para facilitar nossa vida e principalmente dos nossos negócios, lembre-se que o mercado não espera. 


Aldo Melo

É Mercadólogo, Pós-graduado em Metodologia do Ensino Superior, MBA Executivo em Administração e Negócios, Esp. em Neuromarketing. Fundador da Agência Conectar - Comunicação e Marketing.

Veja mais notícias sobre O mercado não espera!.

 

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