Marketing de Experiência, entenda o futuro do varejo

A experiência sempre será prioridade, provarei!

Em meio a uma pandemia nos forçando a digitalizar nossos negócios com a previsão de fechamento de empresas em massa, pelo simples fato de não se adaptar às mudanças bruscas de mercado, gera-se a necessidade de criar estratégias para driblar ou se preparar, a experiência sempre será prioridade, provarei!

Mas não estamos na era tecnológica? A estratégia não seria se manter on-line? Depende de diversos fatores, mas neste artigo o foco são empresas com lojas já abertas que pretendem sobreviver nesta atual economia.

A tecnologia veio para auxiliar o ser humano e não para substituir, bem como cita Maurício Bevenutti em sua grande obra audaz que recomendo fortemente a leitura, a tecnologia digital estará exponencialmente presente nos espaços físicos, voltada tanto para consumidor gerando experiência e auxiliando os trabalhadores, quanto para os bastidores. Operações ON e OFF serão indistinguíveis; Lojas oferecerão misto de transações experiências, Amazon abrindo lojas físicas, Americanas de mesmo modo com sua brilhante e esperta participação no BBB21 consolidando sua nova opção de mercado, dentre outros. 

A Nike inaugurou uma versão completamente reimaginada de sua principal loja a Nike House of Innovation 000, o que reflete o objetivo proposto, gerar experiência e por consequência a venda. 6 andares e 6.000 m² de loja, repleta de experiência, diversas possibilidades de compras, e diversas possibilidades de customização, você pode sair com um tênis único. O app da marca é parte integral da experiência como por exemplo: os clientes utilizam o aplicativo para escanear as etiquetas com códigos QR, checando se a peça em exposição tem disponível no estoque, quais tamanhos, quais cores, e podendo enviar as peças desejadas para o provador, sem carregar sacolas, bolsas ou até mesmo cabides; Gostou das peças e quer levar? O app também permite o pagamentos, sem filas, sem espera, sem stress.

Loja de cosméticos da Chanel batizado de Atelier Beauté Chanel, tem como ideia de fisgar as consumidoras pela visão, pelo olfato ou pelo coração, um verdadeiro “workshop” onde as clientes podem experimentar os cosméticos e perfumes, no modelo experiência “self-service”. Livram-se de tudo que possa tirar a atenção como bolsas e sacolas, restando apenas o celular, para utilizar o aplicativo da marca e claro, mídia espontânea nas redes sociais (respeitando a privacidade alheia), diferente de algumas lojas que impedem fotos e filmagens nos interiores das lojas, como por exemplo OFF-White em NYC, estratégias na tentativa de fazerem esquecer o tempo focadas na experiência, o que torna as transações um detalhe.

Tudo isso devido a análise do comportamento de compra do consumidor, que quer comodidade, facilidade e praticidade para seus momentos de consumo. Em uma breve análise, 3 grandes etapas podem ser trabalhadas, a decisão do cliente em comprar como etapa inicial, seguido de onde comprar e como comprar, a etapa de foco proposto na experiência é a de COMO comprar, a tecnologia aliada para facilitar o processo e gerar experiência é o trunfo para a eternidade, já que olhando para o ser biológico como analista de comportamento do consumidor que sou, corroboro com ” o cérebro é viciado em novas experiências” palavras de Pedro de Camargo especialista em neuromarketing em seu livro Eu Compro, Sim! Mas a Culpa é dos Hormônios. 

Talvez pra você, estranhamente a transição do mundo online para o offline não seja aceitável inicialmente, mas como venho relatando isto desde minha graduação em marketing em 2017, consegui inferir que a experiência nunca será superada, ainda parafraseio o Murilo Gun que sempre fala que não vivemos em uma mudança de era e sim uma era de mudanças, erroneamente a era da tecnologia foi entendida como substituta do contato, do físico, da experiência, mas não, veio para auxiliar, Kotler ainda está correto em dizer que o Mkt 3.0 é o foco, a era da experiência.

Existem empresas especializadas em auxiliar outras empresas a se posicionarem no mundo real, no mundo físico, da experiência, startups como Naked Retail, Showfields e Neighborhood Goods montam espaços de grande cidades americanas e alugam parte da loja para marcas que só existia na internet.

Esse modelo “varejo como serviço”, como vem sendo chamado esse tipo de negócio, é uma tentativa de baixar a barreira de entrada, para empresas que querem entrar no mundo da experiência, permitindo que os consumidores toquem em seus produtos antes de fazer a compra online, o tato é uma das formas de inputs de nosso cérebro, analise os bebês e crianças,

O uso de estratégias que provocam os sentidos sempre será efetivo, quando somos expostos a fragâncias prazerosas aumentam em 40% nosso humor, o que diretamente reflete-se em vendas, mais humor, mais dopamina, mais compras. Quem não gosta de fazer prova de roupas? Quem não gosta de experimentar cosméticos? Tênis? As estratégias focadas no ser biológicos são amplas, visuais incríveis, espelhos para ampliar, músicas certas nos momentos certos, dez mil papilas gustativas salivando por uma amostra grátis, olfato podendo ser estimulado gerando fome ou confiança, o tato já citei, ufaaa bem vindo ao mundo do Marketing Sensorial e você o que tem feito em sua empresa?

O mercado não espera!

Aldo Melo

É Mercadólogo, Pós-graduado em Metodologia do Ensino Superior, MBA Executivo em Administração e Negócios, Esp. em Neuromarketing. Fundador da Agência Conectar – Comunicação e Marketing.

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