Com muita resistência, o empresário brasileiro está migrando para o digital não por vontade, mas por necessidade.
Recentemente eu vi em uma rede social um vídeo que me chamou muito atenção, eu não consegui compreender olhando na primeira vez, vi novamente o vídeo enquanto lia a legenda e prontamente compreendi que o que eu esperava acontecer em um futuro relativamente distante, tinha se concretizado muito mais rápido que previ.
O vídeo era um mosaico de 4 telas, onde exibia o mesmo jogo nas 4 telas, similar ao Pay Per View de jogos de futebol, onde você pode acompanhar até 4 jogos simultâneos. Mas neste caso havia uma diferença que eu demorei para perceber, as placas de publicidade no campo mostravam informações diferentes, achei que era montagem, mas me enganei.
Pensei então que era similar aos efeitos especiais de cinema com tela verde, mas isso talvez atrapalhe a visão dos jogadores no campo, então fui pesquisar e descobri que é uma tecnologia nova de Substituição Virtual. Essa tecnologia permite que diferentes emissoras sobreponham anúncios de acordo com seus contratos e localidade de onde é visto o anúncio. Vamos com calma.
Se você está no Brasil vendo um jogo em Berlim na Alemanha pela emissora “A”, muito provavelmente você veria as publicidades no campo da região de Berlim, com essa tecnologia quem está vendo no Brasil pela emissora “A” que tem contratos de publicidade “X”, verá apenas as propagandas dos contratos da emissora “A” não importando onde o jogo ocorre, ou seja, as publicidades do campo passam ser variadas de acordo com quem transmite e seus acordos comerciais.
Outro cenário para ilustrar melhor seria, seu amigo em outro estado do Brasil, vendo o mesmo jogo na Alemanha, porém ele está vendo pela emissora “B”, que possui contratos de publicidade “Y”. Ele não verá as mesmas propagandas que você, pois a emissora “B” possui contratos de publicidade diferentes da emissora “A”. Compreendeu agora?
Essa tecnologia seria inicialmente implantada em espaços de publicidade fixos, como por exemplo paredes de academia, corredores de metrô, áreas interna do ônibus dentre outras, porém creio que o principal empecilho para a tecnologia vingar, era a necessidade dos usuários possuírem uma forma de enxergar a tecnologia, como um óculos de realidade aumentada, um celular (que fica inviável andar olhando pelo celular) ou uma TV.
Essa mudança foi crucial para a tecnologia fruir, pois a TV torna-se o elo tradutor da nossa visão analógica para a realidade aumentada, e ainda digo mais, abrindo um leque de possibilidades de publicidade para o mercado, para as empresas, você percebeu?
Onde quero chegar com tudo isso?
Onde está sua audiência?
Para quem você vende?
Como chegar nestes possíveis compradores?
Com muita resistência, o empresário brasileiro está migrando para o digital não por vontade mas por necessidade, além das redes sociais existe uma infinidade de possibilidades de anunciar para ser visto pelas pessoas em mídias programáticas, como por exemplo, anúncio no Spotify, anúncio no jogo do celular, anúncio no YouTube etc.
Veja que com essa tecnologia nos campos, (que não é nova) abre mais possibilidades de levar sua marca ou produto para mais pessoas, para pessoas mais qualificadas, com maior potencial de compra, quem sabe futuramente as empresas de mídia conseguirão enviar direcionada apenas para TVs de homens de 35 anos na cidade de Macaíba/RN que desejam estudar fora do País.
Tudo que se digitaliza, multiplica o acesso, amplia o alcance democratizando o uso e permite mensuração e precisão. Mas quem chega cedo bebe água limpa, é preciso ousar nessa corrida maluca do comércio, e mais ainda, quem sabe encontrar novos públicos nessas novas mídias. Por isso lhe pergunto, onde está sua audiência? Lembre-se que o mercado não espera!
Sobre o autor
Aldo Melo é mercadólogo, Pós-graduado em Metodologia do Ensino Superior, MBA Executivo em Administração e Negócios, Especialista em Neuromarketing e Fundador da Agência Conectar – Comunicação e Marketing.
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