Marketing NÃO É venda!

É sabido que o intuito de uma empresa é vender, gerar lucro, mas na ótica mercadológica, nem toda estratégia tem como objetivo vender, mas por exemplo pode resolver um problema.

Dando seguimento a sequência de série de artigos sobre os princípios mercadológicos, que aprendi em minha graduação de marketing, e que são genéricos para todas empresas. No último artigo, falei sobre quebras de objeções no processo de venda (Vender é quebrar objeções).

Neste terceiro artigo, eu venho desconstruir o mito de que marketing é o mesmo que vendas, engana-se quem ainda em 2022, não consegue compreender a dimensão que abrange o marketing dentro de uma empresa, reduzir todo potencial de um marketing bem feito, resume-se apenas em focar nas vendas.

É sabido que o intuito de uma empresa é vender, gerar lucro, mas na ótica mercadológica, nem toda estratégia tem como objetivo vender, mas por exemplo pode resolver um problema como no atendimento, ou na logística, isso necessariamente não é venda, mas pode tornar como consequência, logo, entendemos que a ótica do marketing a venda é uma consequência da estratégia e não o objetivo. 

Para clarear mais os pensamentos, imagine que em uma loja física de cosméticos a cliente apenas pudesse ver os produtos embalados mas sem experimentar, sem poder se ver utilizando os produtos, sem testes de maquiagem, batom, corretivos etc. Qual é a experiência que essa cliente recebe? Comprar um batom sem poder experimentar, não é uma experiência legal, a não ser que desejes arriscar ou seja uma loja online, mas vamos nos ater a loja física.

Foto: Divulgação

Criar um ambiente de experiência para que a cliente possa experimentar, provar, testar, se ver com o produto, pode aumentar expressivamente as chances de vendas, mas entenda que não foi o objetivo de vender, não foi uma estratégia com foco em vendas, mas sim de criar uma experiência para que a cliente possa provar dos produtos antes de consumir, além de possibilitar outras estratégias como up-sell e cross sell.

O setor de marketing pode e deve estar interligado com o comercial, apoiando estrategicamente com ideias, insights, dados, listas, previsões etc. mas não deve ser limitado apenas à vendas, entenda e faça um esforço para compreender que o marketing permeia todos os setores e pode agregar, melhorar, construir e elevar com estratégias, dados etc.

A ótica comercial, foca apenas em números, metas e vender, vender e vender, mas quando damos um passo pra trás e olhamos analiticamente, o marketing preenche espaços que o comercial não consegue alcançar, então a visão estratégica de um profissional de marketing, a visão inovadora é capaz de ver saída para os problemas que o comercial talvez não veja, seja se diferenciando no PDV (ponto de venda), seja com uma gamificação na compra de produtos, no pós vendas, no atendimento, no script de ligação, na forma de conduzir uma reunião com investidores, na copy do site de vendas etc.

Não canso de dizer que a experiência é o que marca no cérebro do cliente, apenas você decide se será uma experiência boa ou ruim, mas é inevitável criar experiências, nosso esforço é tornar a melhor possível para lembrança de marca.

Lembre-se que o responsável pelo marketing deve ter carta branca para trazer inovações, ideias, soluções e melhorias onde necessário for, seja no RH, logística, comercial, administrativo, atendimento, call center etc. estratégia nunca é demais, meta sempre é necessária e planejamento é o norte.

Foque em abrir a mente para a visão mercadológica e não espere o pior acontecer para tentar corrigir, nem sempre terá tempo hábil para reagir pois lembre-se, que o mercado não espera.

Sobre o autor

Aldo Melo é mercadólogo, Pós-graduado em Metodologia do Ensino Superior, MBA Executivo em Administração e Negócios, Especialista em Neuromarketing e Fundador da Agência Conectar – Comunicação e Marketing.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Pará perde Mestre Laurentino; artista completaria 99 anos em janeiro de 2025

Natural da cidade de Ponta de Pedras, na Ilha do Marajó, ele era conhecido como o roqueiro mais antigo do Brasil.

Leia também

Publicidade