Tempo quente e seco aumenta o risco de queimadas na Amazônia

Quatro estados concentram o maior número de focos de calor na região.

O tempo quente e seco em alguns estados da região amazônica mantém as autoridades em alerta para os riscos das queimadas e incêndios florestais.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os estados que concentram atualmente o maior número de focos de calor na Amazônia são: Mato Grosso, Pará, Amazonas e Tocantins.

Desmatamento na Amazônia. (Foto:Valter Campanato/Agência Brasil)
Política

O estado de Mato Grosso registra a seca mais severa dos últimos 30 anos. O governo estadual intensificou o trabalho de fiscalização e orientação sobre os danos causados pela ação do fogo ao meio ambiente. A penalidade para quem pratica queimadas ilegais no Estado pode chegar a R$ 50 milhões em multas ambientais, além da condenação com pena de reclusão.

No Amazonas, foi registrado aumento de 20% no número de focos de calor em agosto.

Os governos de mato-grossense e amazonense informaram que têm utilizado a tecnologia para identificar os causadores de incêndios criminosos.

No Acre, com o aumento das queimadas no mês de agosto, a Comissão Estadual de Gestão de Riscos Ambientais criou uma força-tarefa para combater esses crimes. O grupo é formado por mais de 30 instituições governamentais e não governamentais, e conta com o apoio do Ministério Público do Estado, como destacou o secretário de Meio Ambiente do Acre, Israel Milani, em live entre secretários de Meio Ambiente dos estados da Amazônia Legal.

Em Rondônia, o Corpo de Bombeiros registrou este ano mais de mil ocorrências de incêndios em vegetação leve. Foram 33 ocorrências em áreas de preservação ambiental.

Em Roraima, o governo informou que está adotando novos sistemas para controle e monitoramento de desmatamentos e queimadas.

Já no Tocantins, embora o Estado tenha registrado redução na quantidade de focos de calor identificados este ano, na comparação com o ano passado, os órgãos ambientais permanecem em alerta. É o que explica o secretário do Meio Ambiente do Tocantins, Renato Jayme.

No Pará, com base na climatologia do Estado, setembro é o mês mais seco, com temperatura que pode atingir máxima de 38º. A baixa umidade pode ainda favorecer o aumento de focos de calor e de problemas respiratórios à população.

As chuvas também ficam mais escassas no Amapá este mês, segundo o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado. No mês passado, o governo amapaense anunciou a contratação temporária de pessoal para combater o fogo e a aquisição de equipamentos e veículos para ajudar na mobilidade das tropas.

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