O Centro tem desempenhado um papel essencial na proteção e reabilitação da fauna silvestre em situação de risco.
Há seis anos, o Centro de Fauna do Tocantins (Cefau), gerido pelo Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), desempenha um papel fundamental na proteção e reabilitação da fauna silvestre em situação de risco.
Os animais provenientes de apreensões de tráfico, de criação ilegal, de entrega voluntária, vítimas de maus tratos e de atropelamentos, são atendidos de forma a assegurar não apenas a sobrevivência, mas também sua readaptação e reintrodução no meio ambiente.
Diversas espécies de aves silvestres, mamíferos e répteis chegam ao Cefau, cuja fachada foi recentemente revitalizada pela artista plástica Ludmilla Weber de Oliveira.
O zootecnista Daniel Albernaz atua no setor de nutrição, desde a implantação do Cefau em 2017.
“Ano após ano, observo o contínuo crescimento do Cefau. Isso é resultado do empenho de todos que trabalham aqui com dedicação aos animais. É gratificante estar ao lado de pessoas igualmente comprometidas com o bem-estar de nossa fauna. Sinto uma realização imensa em poder contribuir e oferecer oportunidade de sobrevivência aos animais”,
ressaltou.
Daniel Albernaz compõe a equipe multiprofissional do Cefau, composta por zootecnistas, veterinários, biólogos, tratadores, além de estagiários que cursam medicina veterinária.
“Nossa equipe dedica-se incansavelmente em prol desses animais que chegam muito debilitados e requerem cuidados especiais”, destaca a coordenadora do Cefau, Samara Almeida.
Outra profissional do Centro é a médica veterinária Mayumi Matuoca, que atua no Cefau desde 2021.
“É um trabalho feito com muito amor e dedicação. Busco aprimorar meus conhecimentos diariamente para proporcionar a eles maiores chances de sobrevivência. Com o tratamento adequado, é possível a completa recuperação”,
enfatizou.
Reabilitação
Após a recuperação, os animais passam por um processo de reabilitação para se adaptarem à vida livre e, posteriormente, são reintroduzidos ao seu habitat natural. No caso em que o animal não apresente condições de retornar à natureza, ele é encaminhado para entidades mantenedoras ou criadouros conservacionistas.
Todos os animais soltos são regularmente monitorados nas áreas de soltura para avaliação de sua adaptação ao ambiente. Para facilitar esse processo, eles recebem identificação assim que chegam ao Cefau.
As aves são marcadas com pequenos anéis chamados de anilhas, enquanto os mamíferos recebem microchips ou, dependendo da espécie, um brinco de marcação. Essas marcações são essenciais para identificar os animais que passaram pelo Centro, podendo ser úteis em caso de óbito, recaptura ou para avaliar o sucesso da reintrodução.