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Sexta, 03 Mai 2024

Manacapuru registra seca histórica em 55 anos

Foto feita em 18 de outubro de 2023 por Adauto Silva/Rede Amazônica

O Rio Solimões registra o nível mais baixo em 55 anos, em Manacapuru, no Amazonas. A cidade é a segunda do Estado a registrar uma seca recorde. Na segunda-feira (16), o Rio Negro chegou ao pior nível em 121, em Manaus.

Saiba mais: Rio Negro atinge 13,59 metros em Manaus e tem pior seca da história

Em Manacapuru, as águas barrentas do Baixo Solimões ultrapassaram o recorde de 2010, na terça-feira (17), quando o rio baixou para 3,81 metros.

O Serviço Geólogico Brasileiro (SGB), antigo CPRM, divulgou as informações nesta quarta-feira (18), data em que o rio desceu mais 9 cm. Agora, a cota está em 3,70 metros.

Segundo o SGB, esta é a pior seca de Manacapuru em 55 anos de medição, já que o nível do Rio Solimões começou a ser monitorado na cidade em 1968. Na época, a medição era feita pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, e a partir de 1969 passou para o SGB.

Até então, o município tinha registrado a pior seca em 2010, ano em que o Rio Solimões desceu para até 3,92 metros, na orla da cidade.

Rio Solimões atinge seca histórica em 2023 em Manacapuru, no Amazonas. Foto feita em 18 de outubro de 2023 por Adauto Silva/Rede Amazônica

Rio Solimões 

O Rio Solimões é uma das principais bacias do Amazonas e banha 24 cidades do Estado. Todas elas estão em situação de emergência por causa da seca histórica de 2023, segundo a Defesa Civil do Amazonas.

No Amazonas, ele é separado em Baixo, Médio e Alto Solimões. A partir do Encontro das Águas, em Manaus, junto com o Rio Negro, o Rio Solimões forma o Rio Amazonas.

Em Tabatinga, a cidade localizada no Alto Solimões, o rio está -0.50. As águas no local ficam próximo da nascente do Solimões, situada no Peru, pois a cidade do Amazonas faz fronteira com o país vizinho.

Com a proximidade da nascente, o rio na região já começou a apresentar indícios de subida. O menor número que registrou nesta seca foi de -75 cm, na segunda-feira (16).

A subida pode refletir em outras regiões, inclusive no Rio Negro, rio que recebe 70% de água do Solimões, e registrou a pior seca em 121 anos. No entanto, a pesquisadora do SGB, Jussara Cury, disse que os reflexos só serão sentidos em novembro.

*Por Bianca Fatim, com a colaboração de Adauto Silva 

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