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Sábado, 27 Abril 2024

Plataforma JusAmazônia é apresentada nos Diálogos Amazônicos

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Belém (PA) recebe os 'Diálogos Amazônicos' neste fim de semana, iniciativa que integra a programação da Cúpula da Amazônia. Na ocasião, representantes de entidades, movimentos sociais, centros de pesquisa e agências governamentais se reunirão com o objetivo de debater estratégias para os problemas ambientais e sociais no bioma. O evento também configura uma oportunidade de debates e encaminhamentos dos preparativos para a COP 30, que será realizada em 2025.

São oito eixos de plenárias que tratarão de assuntos de proteção e preservação ambiental, alterações e mudanças climáticas, direitos socioambientais de comunidades indígenas e quilombolas, economia verde, gestão e governança ambiental e, principalmente, a efetiva participação popular da sociedade civil e interlocução com os representantes dos órgãos, instituições e governo.

O Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS) tem presença confirmada nas Plenárias I e III, que discutirão a participação e a proteção dos territórios, dos ativistas, da sociedade civil e dos povos das florestas e das águas no desenvolvimento sustentável. 

O Instituto leva para o debate a proposta do JusAmazônia, uma nova plataforma de mapeamento e monitoramento de ações civis públicas envolvendo os conflitos ambientais, socioambientais e fundiários que visam compilar a litigiosidade da Amazônia legal e propor soluções.
Foto: Divulgação

Criado em parceria entre IDS, Imazon, JusBrasil e viabilizado financeiramente pela Norway's International Climate and Forest Initiative (NICFI), o portal oferece mecanismos de busca, consulta e acompanhamento de mais de 3.500 ações civis públicas sobre desmatamento na Amazônia Legal brasileira. A partir desses dados judiciais, é possível apresentar estudos analíticos, com diagnósticos e propositivas de políticas públicas.

Nos Diálogos Amazônicos, será apresentado o relatório inicial do levantamento e mapeamento de ações civis públicas do Programa Amazônia Protege, idealizado pelo Ministério Público Federal. 

Como próximos passos, "o projeto focará na continuidade dos trabalhos e atividades de pesquisa exploratória e diagnóstica, mantendo a coleta e o monitoramento das ações públicas judiciais da Amazônia Legal brasileira e o aperfeiçoamento do uso de instrumentos de pesquisa. Partiremos para o estabelecimento de políticas públicas de combate ao desmatamento e controle ambiental, com o prévio planejamento de atividades e ações, direcionadas ao teste do uso de técnicas e instrumentos, em uma nova estrutura e funções de solução de problemas ambientais e fundiários, para atingirmos a formulação de propostas de preservação e proteção do bioma e de seu povo, nas cidades e na floresta brasileira e fronteiriça", esclarece a coordenadora do projeto, Rachel Lopes Queiroz Chacur.

"O desenvolvimento sustentável e integrado só é possível a partir do envolvimento da sociedade civil na discussão que, neste caso, deve estar baseada nos interesses e demandas das comunidades e povos amazônicos. Nesse sentido, os Diálogos Amazônicos permitem a participação ativa e propositiva da sociedade civil, que tem a oportunidade de pautar a formulação de novas estratégias para a região. Essa agenda também chama atenção para a urgência da preservação do bioma da Amazônia e incentiva a união de esforços rumo à contenção dos efeitos dos impactos causados pela mudança climática no Brasil e no mundo",

afirma o coordenador de Políticas Socioambientais do IDS, Marcos Woortmann.

No mesmo evento, em apoio ao Ministério Público Federal pelo contato direto com a Doutora Sandra Ishi, procuradora federal, o IDS participará ainda de outras oficinas e sessões: Mercado de Carbono e PCTs; Oficina de Plataforma de TT (com cartografia social, Malungo e OTS) para a inserção de 300 Territórios quilombolas; ODS e Movimentos Sociais e Acordo de Escazú.

Sobre o IDS

Fundado em 2009 e com mais de uma década de atuação no Brasil, o Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS) reúne lideranças da vanguarda do movimento socioambiental e trabalha para incorporar as melhores práticas e conhecimentos às políticas públicas e à governança política do país. Como organização de interesse público, atua com parceiros e redes da sociedade civil organizada e busca envolver atores dos setores mais diversos da sociedade nas propostas e iniciativas desenvolvidas pela organização. Por meio de subsídios técnicos e da articulação política e social, fomenta o debate público de qualidade, prezando pela pluralidade e diversidade. 

O IDS nasce do entendimento de que a política e a participação cidadã democrática são imprescindíveis para alcançar a sustentabilidade, e a sustentabilidade é a única forma de garantir uma democracia forte e pujante.

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