Pesquisadores no Amazonas estabelecem protocolo de segurança para a castanha-do-Brasil

O protocolo visa assegurar a qualidade e evitar a contaminação causada por agentes tóxicos produzidos por fungos, nas etapas da cadeia produtiva. 

Pesquisadores no Amazonas implantaram e validaram um protocolo que visa assegurar a qualidade e evitar a contaminação causada por agentes tóxicos produzidos por fungos, nas etapas da cadeia produtiva da castanha-do-Brasil. O protocolo, que abrange desde a coleta até o transporte e armazenamento da castanha, foi implantado em uma cooperativa do município de Beruri (distante 73 quilômetros de Manaus). Os conceitos implantados e validados poderão ser transferidos para aplicação em outras cooperativas do Amazonas.

Conforme a coordenadora do projeto Ariane Mendonça Kluczkovski, pesquisadora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), o protocolo analisou diversos parâmetros de qualidade e segurança, entre os quais, as condições higiênicas, sanitárias e organizacionais da cooperativa.

“Esse protocolo de manejo da castanha-do-Brasil envolve todos os cuidados que devem ser adotados, desde o castanhal, de forma a evitar a contaminação de agentes tóxicos que podem ser produzidos por fungos que estejam ao longo do processamento da cadeia produtiva da castanha”, 

explicou Ariane Kluczkovski.

Foto: Érico Xavier/Decon Fapeam

Ela acrescenta ainda que verificar a condição de trabalho do castanheiro e a forma como é realizado o manuseio da castanha também são fatores considerados pelo protocolo, para evitar a contaminação por fungos e, assim, garantir que boas práticas de manejo sejam seguidas, além de possibilitar a oferta de um alimento seguro.

A capacitação da indústria de castanhas em sistemas de qualidade pode adequar o produto, inclusive, as normas exigidas por mercados internacionais.

Fotos: Érico Xavier/Decon Fapeam

Equipe 

Intitulada ‘Implantação e validação de Protocolo para controle de risco de contaminação na pós-colheita da castanha-do-Brasil em indústrias do Amazonas’, a pesquisa contou com a participação de colaboradores da Ufam, da Universidade Nilton Lins, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas Doutora Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP).

A pesquisa é apoiada pelo Governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), via Programa Amazonas Estratégico, e contou com o investimento da Fapeam por meio do edital Nº 004/2018, iniciado em 2018 e finalizado em 2021. 

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