Em Boa Vista, Hospital da Criança conta com bloco exclusivo para atendimento às famílias indígenas

O Bloco G tem capacidade de atender 28 pacientes e conta com 9 lugares adaptados com redário.

O Hospital da Criança Santo Antônio segue sua missão de oferecer um atendimento de qualidade a todos, de forma igualitária, inclusive respeitando a cultura e as tradições. E sendo o único do Estado de referência em saúde infantil, conta com uma ala especial (o Bloco G) dedicada a atender os povos indígenas, de uma maneira bastante distinta.

A unidade hospitalar é a única do estado de referência em saúde infantil, com uma ala especial de atendimento aos povos indígenas. Foto: Welika Matos/Semuc/PMBV

O bloco tem capacidade de internação de 28 pacientes e lugares para redário, contando com banheiros adaptados aos costumes das famílias indígenas, além de 4 leitos berço respiratório. Cerca de 60% da equipe médica desse espaço já trabalharam com a saúde indígena pelo DSEI Leste ou Yanomami, o que representa mais facilidade no atendimento.

A coordenadora do bloco e também enfermeira, Alexsandra Kisseloff sempre trabalhou com a saúde indígena e reconhece a importância desse espaço especial. “Ter um hospital que corresponde em atendimento de qualidade é maravilhoso. Pois a cultura e as tradições dos povos, como é o caso dos yanomami, são valorizadas e preservadas” disse.

O Hospital da Criança oferece alimentação diferenciada aos pacientes indígenas, de acordo com seus costumes. Foto: Welika Matos/Semuc/PMBV

Além disso, as crianças têm uma alimentação adaptada, sendo a maior parte do cardápio preparada de acordo com os costumes. “A alimentação deles é seca, com proteína peixe ou frango, farinha d’agua, arroz. Alguns até trazem a própria farinha e beiju. Eu autorizo essa entrada, pois eles aceitam repor vitaminas através de sucos e frutas. Conseguimos que as crianças também se alimentem de mingau”, explica a nutricionista Thays Muniz.

Dentro do hospital, a cultura é tão importante que até é liberada a entrada de curandeiros das comunidades, como forma de ajudar na recuperação das crianças. “Esse espaço é um hospital, mas também sabemos respeitar tradições, culturas. Os indígenas podem sim ter essas pessoas cuidando de suas crianças, além da equipe médica disponível 24h”, ressaltou Alexsandra Kisseloff.

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