O compromisso permanente e ético de manter uma sociedade mais justa em busca de benefícios à economia, educação, meio ambiente e saúde, é o fio condutor das práticas empresariais de responsabilidade social. Além disso, tais práticas também objetivam melhorar a qualidade de vida dos funcionários e da comunidade em que está inserida.
Segundo a gerente de Meio Ambiente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Renée Fagundes Veiga, a responsabilidade social empresarial é sustentada pela mudança de comportamento das empresas.
“A responsabilidade social empresarial é uma filosofia adotada pela gestão da empresa. Busca propiciar qualidade de vida e bem estar físico e emocional, não apenas ao público interno (funcionários), mas – de igual forma – estender isso às práticas de minimização de exterioridades negativas do seu negócio na comunidade e no meio ambiente. Essas ações estão relacionadas a uma mudança de comportamento corporativo e gerencial, abarcando cultivo de valores como ética, transparência e fortalecimento de compliance”, pontua Renée.
A responsabilidade social empresarial é voluntária, mas Renée ressalta que essas ações também fortalecem, além da marca das empresas no mercado, a melhoria das relações junto aos funcionários.
“Por ser voluntária, a responsabilidade tem como viés, integrar preocupações sociais e ambientais nas atividades comerciais e na relação com as partes interessas de forma espontânea. E essas atitudes decorrem da percepção da necessidade de promover melhorias em seus processos para minimizar impactos, ou seja, é um passo para a sustentabilidade do negócio, envolvendo a imagem que se quer construir da marca junto ao mercado, a reputação da empresa e, por consequência, a perenidade do negócio. Por isso, podemos dizer que, atualmente, implementar a responsabilidade social empresarial não é mais uma opção, mas sim uma estratégia importante para a política das empresas, de modo a fomentar o desempenho do negócio, gerando impacto positivo na sociedade e no ambiente”, ressalta.
No Amazonas, a prática de responsabilidade social ganha ainda mais força quando se propõe a pensar a sustentabilidade como elo para manter a floresta amazônica em pé.
“Estamos inseridos no meio da maior floresta tropical do planeta, dentro da maior Bacia Hidrográfica do mundo. Por si só empreender na Amazônia já é um convite à implementação das ações de responsabilidade social empresarial. As indústrias aqui instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) possuem uma visão clara de sua responsabilidade para com a preservação das riquezas naturais da região e, igualmente, demonstram preocupação em desenvolver estratégias que tornem sua atividade eficiente e ao mesmo tempo socioambientalmente responsável”, conta Renée.
Instalada no PIM, uma das empresas comprometidas com a responsabilidade social é a Moto Honda da Amazônia, que mantém duas reservas ambientais no Amazonas, que preservam mais de 900 hectares de mata nativa e cerca de 3 mil hectares de mata derivada de reflorestamento.
Em uma dessas reservas, a empresa desenvolve um projeto de Horticultura de espécies nativas e ameaçadas de extinção e também mantém uma Estação de Tratamento de Efluentes, onde a maior parte da água é usada para a irrigação de jardins.
De acordo com a Fieam, outras empresas de médio e grande porte do PIM também trazem em sua filosofia a responsabilidade socioambiental, entre elas, a Whirpool, BIC, Panasonic, Recofarma, IMPRAM e Grupo Simões, que, anualmente, divulgam as ações desenvolvidas através de relatórios.
Fundação Rede Amazônica
Para o Conselheiro Consultivo no Grupo Rede Amazônica (GRAM), Alecsandro Araújo de Souza, a responsabilidade social é uma das marcas de uma empresa preocupada com seus processos internos e externos.
“No GRAM, temos a Fundação Rede Amazônica, que é o braço social da nossa empresa, e tem a preocupação de realizar ações de no mercado, abarcando ciência e tecnologia, desenvolvimento social, educação, cultura, artes e outros temas do meio em que estamos inseridos. Nossa responsabilidade é de cuidar, olhar além e impactar nossa comunidade como um todo, seja interna e externamente”, conta Alecsandro.
Durante o ano, a Rede Amazônica realiza ações, através da Fundação Rede Amazônica, atendendo aos 6 estados onde a empresa atua (Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia, Amapá e Pará), para o público externo e em práticas internas comprometidas com os colaboradores.
“Temos a missão de integrar e desenvolver a Amazônia, e nosso propósito maior não é só cumprir com esse slogan, mas gerar impacto social em nossas ações externas, que realizamos a partir da Fundação, com ações baseadas em ensino, ciência tecnologia e inovação, priorizamos a discussões emergentes da nossa realidade atendendo e propondo o debate social. E em nossas práticas internas, com o uso consciente de energia elétrica e implantação de painéis solares, por exemplo, além do controle no consumo de combustível nos carros e de papel, e outras práticas”, ressalta.