O desmatamento na Amazônia chegou a 196 km² em janeiro de 2021, aponta o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a partir de dados do Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD) – que monitora via satélite as áreas desmatadas na região. O índice revela o terceiro maior valor da série histórica nos últimos 10 anos, mesmo com redução de 1% em relação a janeiro do ano passado, quando o SAD registrou desmatamento de 198 km².
Considerando o calendário de desmatamento 2021 vigente, que compreende os meses entre agosto de 2020 a janeiro de 2021, houve um aumento de 46% em relação ao mesmo período do calendário anterior.
O estado com o maior percentual de desmatamento registrado foi Mato Grosso, com 41% do total, reunindo 6 municípios no ranking dos 10 que mais desmataram no mês. Em seguida está o Pará (30%), Rondônia (9%), Amazonas (8%), Roraima (5%), Acre (3%), Maranhão (3%) e Tocantins (1%). A maioria (69%) do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante do desmatamento foi registrado em Assentamentos (16%), Unidades de Conservação (12%) e Terras Indígenas (3%).
Municípios críticos
Dentre os municípios que mais desmataram na Amazônia Legal em janeiro de 2021, estão: Altamira (PA), Juara (MT), Confresa (MT), Cláudia (MT), Nova Maringá (MT), Porto Velho (RO), Itaúba (MT), São Félix do Xingu (PA), Jacareacanga (PA) e Nova Canaã do Norte (MT).
Degradação
Já a área de degradação florestal detectada na Amazônia Legal foi de 98 km² em janeiro de 2021, o que representa uma redução de 43% em relação a janeiro de 2020. Mato Grosso (83%), Pará (16%) e Rondônia (1%) lideram o ranking dos estados que mais degradaram no mês. É válido ressaltar que o desmatamento consiste na conversão total da floresta para outra cobertura e uso do solo, enquanto a degradação é um distúrbio parcial na floresta causado pela extração de madeira e/ou por queimadas florestais.
Monitoramento da Amazônia – O Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), desenvolvido pelo Imazon, é uma ferramenta que utiliza imagens de satélite para monitorar a floresta. Além do SAD, existem outras plataformas que vigiam a Amazônia: Deter, do Inpe, e o GLAD, da Universidade de Maryland. Todas essas plataformas são importantes para a proteção do nosso patrimônio ambiental, pois garantem a vigilância da floresta e a emissão de alertas dos locais onde há registro de desmatamento. Os dados fornecidos ajudam a subsidiar os órgãos de controle ambiental a planejar operações de fiscalização e identificar desmatadores ilegais.