Comunidades no Amazonas recebem placas de energia solar, testes rápidos e kits de saúde no combate ao coronavírus

Atividades de “teleorientação” também foram realizadas nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Juma e Mamirauá, no Amazonas.

Com o objetivo de abastecer energia limpa a um posto de telessaúde que trará assistência médica para a comunidade na luta contra o coronavírus, a Fundação Amazonas Sustentável (FAS) atuou em conjunto com a Empowered by Light – ONG internacional auxiliando comunidades carentes no acesso à fontes de energia limpa na instalação de placas solares no Parque Indígena do Xingu, reserva indígena no norte do Mato Grosso, com mais de 7 mil habitantes de 16 etnias. A região também foi afetada pela pandemia ao ponto de cancelar a celebração do Kuarup, ritual sagrado das etnias.

A entrega de 65 kits de testes rápidos para detecção de anticorpos do novo coronavírus, iniciativa que visa apoiar o trabalho de profissionais da saúde que atuam, principalmente, nas comunidades Tumbira e Três Unidos, localizadas às margens do Rio Negro, no Amazonas foi mais uma iniciativa da FAS, realizada em parceria com a Embaixada da França no Brasil.

A comunidade de Tumbira recebeu também termômetro digital, oxímetro, aparelho para medir pressão e EPIs como máscaras e macacões, por ser atendida pelo programa “Todos Pela Saúde”, parceria entre FAS e Itaú Unibanco. Os novos aparelhos deverão beneficiar as 35 famílias da comunidade, não apenas para controle da pandemia do novo coronavírus, mas também como forma de mitigar outras doenças.

Foto: Divulgação

 De acordo com a técnica de enfermagem, Maria Augusta Vieira, com a ajuda dos equipamentos, é possível realizar uma triagem mais eficiente. “Primeiro nós aferimos o peso do paciente e depois a gente precisa verificar a pressão, a saturação de oxigênio e a temperatura; os aparelhos ajudam em tudo isso. Essas informações são repassadas para o médico e, a partir daí, ele avalia para ver que medidas tomar e poder orientar o paciente”.

Essas atividades têm outros complementos que atendem aos casos à distância. Um deles foi a realização da “teleorientação” em Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Juma e Mamirauá, no Amazonas. O objetivo foi orientar sobre os usos devidos de aparelhos médicos, bem como a instalação de plataformas remotas.

Durante uma ação de teleatendimento, por exemplo, realizada com 12 pacientes no Tumbira, a FAS entregou os novos aparelhos à agente comunitária de saúde e à técnica de enfermagem, responsáveis pela saúde da comunidade. O objetivo foi agilizar e tornar mais eficaz o trabalho daqueles que acompanhavam de perto os pacientes e dos que estavam a postos, do outro lado da tela do computador.

Foto: Divulgação

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 80% dos pacientes com Covid-19 podem ser assintomáticos ou adquirir poucos sintomas. Por isso, o teste rápido serve como um “termômetro” para se conhecer as condições de contágio nas comunidades e, a partir disso, tomar as medidas necessárias no controle de transmissão do vírus.

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