Em 2019 houve um crescimento de 44% no índice de queimadas no Estado, os órgãos de atuação no combate já se preparam. Outubro e novembro são os meses com maior número de casos.
Em 2019 foram registradas 1207 focos de queimadas em todo estado, um aumento de 44%, em comparação a 2018, quando ocorreram 834 queimadas. Agora em 2020, nos primeiros meses, o Amapá quase não registrou casos, somente de pequenos focos em entulho de quintais, na área metropolitana de Macapá e do município de Santana. Mas com o fim do período chuvoso e o início da estiagem, volta a preocupação com o velho problema, as queimadas em áreas de preservação ambiental, como da lagoa dos índios, uma unidade de conservação de uso sustentável que todo ano registra queimadas.
Segundo a perícia do corpo de bombeiros, quase 100% dos incêndios registrados no Amapá, são provocados pela própria população. Seja durante a limpeza de um quintal, ou de uma área para agricultura, ou mesmo de um terreno para criação de animais, como explica o tenente Paulo Worrel, da assessoria de comunicação do Corpo de Bombeiros. “É importante dizer que o Governo Federal, publicou um decreto que proíbe a queimada em toda a Amazônia pelo prazo mínimo de um ano. E como a gente vem trabalhando com outros órgãos do meio ambiente esperamos que o número de focos de queimadas diminuam”.
No ano passado, após o decreto do governo federal da garantia da lei e da ordem, o exército atuou no combate às queimadas no Amapá, inclusive com a realização de sobrevoos em várias áreas do estado. Para esse ano, a expectativa é que a força militar possa novamente estar presente. Principalmente de forma preventiva. “O Corpo de Bombeiros está trabalhando em parceria com outros órgãos, como o Ibama e o ICMBio no combate aos focos de calor, para que a gente possa não ter grandes queimadas na nossa região”, explicou o tenente Paulo Worrel.
As queimadas no Amapá ocorrem principalmente em áreas de cerrado. Mas com a perda do controle as chamas podem atingir áreas de mata e reservas ambientais, além de afetar a vida de uma grande quantidade de animais.
Com a colaboração de Caroline Magalhães, da CBN Amazônia Macapá.