Voluntariado: Jovens manauaras usam tempo livre para atuar em projetos ambientais

O voluntariado traz benefícios, tanto para a sociedade em geral, quanto para o indivíduo que realiza tarefas voluntárias. Alguns entram de cabeça, ainda mais quando se trata de ajudar o meio ambiente. A reportagem do Portal Amazônia conversou com manauaras que, de pouco em pouco, contribuem para a preservação das florestas e igarapés da região. 

A universitária Ligia Cruz se interessou por causas ambientais assim que adentrou a universidade. Recentemente, a jovem se uniu a um grupo que coleta lixo das margens dos igarapés. “Comecei a ler sobre educação ambiental, e através de um projeto feito pela professora Selma Batista, me interessei e quis fazer a minha parte para amenizar a deterioração da natureza”, disse.

Ligia e um amigo colhem lixo na margem de um igarapé de Manaus. Foto: Reprodução/Facebook

Para as pessoas que fazem voluntariado, ainda há tempo de minimizar as consequências da poluição. Na opinião deles, o trabalho de formiguinha vale a pena, e o resultado, por menos que seja é gratificante. “É um gesto pequeno, mas que pode mudar alguma coisa, por exemplo, em duas horas de coleta, eu encho 20 sacos de 200 litros de lixos”, contou.

A recepcionista do Grupo Rede Amazônica, Joice Silva, sempre se preocupou com o meio ambiente, mas foi participando do projeto Consciência Limpa que tomou um choque de realidade. “Fomos para a Cachoeira Alta, no Tarumã, um local que as pessoas tomavam banho, e atualmente, está completamente abandonada com lixo para todos os lados. Fico triste que as pessoas não conseguem enxergar os danos que a natureza sofre”, afirmou a jovem. 


Priscila participa de uma ação do Grupo Rede Amazônica. Foto: Reprodução/Facebook

Saldo positivo

O voluntariado rendeu um emprego a Cleber Santos na Fundação Amazonas Sustentável (FAS). Ele contou ao Portal Amazônia que começou a se envolver com questões ambientais em 2014. “Pude participar da Virada Sustentável, e essa experiência me abriu os olhos para uma Manaus que não conhecia, mais solidária, onde as pessoas fazem trabalhos voluntários com prazer. A partir disso, fui me engajando em outros projetos e ações. Para você ter uma ideia, eu fazia engenharia, e mudei para administração, pois, gostei da parte de gestão de projetos”, revelou.

Já sobre o voluntariado em Manaus, Cleber afirmou que o retorno é positivo, uma vez que o número de jovens engajados aumenta. “A cada ano, o número de pessoas que se inscrevem no voluntariado da Fas cresce, por exemplo, se abrimos vagas para a Virada Sustentável, em poucos minutos são todas preenchidas. Acho que o fator que colabora para esse saldo tão bom é que estamos trazendo as questões ambientais para mais perto da sociedade”, contou.
 

Cleber (esquerda) acredita que o voluntariado pode mudar o mundo. Foto: Reprodução/Facebook 

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