Número de municípios em situação de seca extrema deve aumentar para 35% em outubro

Dados são de acordo com o Índice Integrado de Seca (IIS-3), elaborado pelo Cemaden/MCTI. Segundo levantamento, a seca de 2024 é a pior desde os anos 1990.

Foto: Roney Elias/Rede Amazônica AM

O número de municípios em situação de seca extrema deve aumentar 35,64%, passando de 216 em setembro para 293 em outubro, de acordo com o Índice Integrado de Seca (IIS-3), elaborado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

Segundo o levantamento, os 216 municípios em seca extrema estão distribuídos da seguinte forma: 153 no Sudeste, 30 no Centro-Oeste, 27 no Norte e 6 no Nordeste. O documento também aponta que, em setembro, havia 1.133 municípios em condição de seca severa, com uma projeção de aumento para 1.177 em outubro. Essa categoria representa a condição imediatamente anterior à seca extrema.

O nível de seca, que varia de fraca a excepcional, é medido com base na intensidade e duração dos déficits de chuva, umidade do solo e saúde da vegetação.

De acordo com o monitoramento do Cemaden, diversas cidades nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste enfrentam mais de um ano de seca. Veja a lista:

Amazonas: Barcelos (16 meses), Santa Isabel do Rio Negro (16 meses), Codajás (15 meses), Maraã (15 meses), Guajará (14 meses), Fonte Boa (15 meses), Uarini (15 meses), Ipixuna (14 meses); 

Roraima: Rorainópolis (14 meses);

Pará: Eldorado dos Carajás (16 meses);

Acre: Capixaba (14 meses), Plácido de Castro (14 meses), Mâncio Lima (13 meses), Porto Walter (14 meses), Rodrigues Alves (14 meses);

Mato Grosso: Castanheira (12 meses), Rondolândia (12 meses), Apiacás (12 meses), Colniza (12 meses), Chupinguaia (13 meses), Corumbiara (13 meses);

Rondônia: Cabixi (13 meses);

Minas Gerais: Capim Branco (12 meses), Ipiaçu (12 meses).

Embora a seca anterior tenha sido amplamente associada ao fenômeno El Niño, especialmente no segundo semestre de 2023, anomalias significativas de temperatura no Oceano Atlântico Norte também podem ter influenciado a menor quantidade de chuvas.

*Com informações do MCTI

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