Rio Negro volta a encher em Manaus após alcançar recorde histórico em 2024

O Rio Negro, em Manaus, voltou a encher após atingir o recorde histórico de 12,11 metros, sendo o nível mais baixo já registrado desde o início do monitoramento em 1902.

Foto: Alexandro Pereira/Rede Amazônica AM

O Rio Negro, em Manaus (AM), voltou a encher após atingir o recorde histórico de 12,11 metros, sendo o nível mais baixo já registrado desde o início do monitoramento em 1902. Após três dias de estabilidade, o rio apresentou um aumento de dois centímetros, com elevações de um centímetro no domingo (13) e na segunda-feira (14), chegando a marca de 12,13.

Ao Grupo Rede Amazônica, a pesquisadora Jussara Cury, do Serviço Geológico Brasileiro (SGB), antiga CPRM, explicou que o Rio Negro está entrando em uma fase de estabilidade, mas que ainda continua no processo de vazante.

Ainda quinta-feira (10), o nível do rio tinha se estabilizado na capital, pela primeira vez, após 104 dias seguidos de descida das águas. Entre quinta (10) e sábado (12), o nível do rio permaneceu em 12,11 metros.

Nesse intervalo, o Rio Negro o rio atingiu 12,68 metros, em 3 de outubro de 2024, ultrapassando o recorde do nível mais baixo já registrado. De acordo com o Serviço Geológico do Brasil (SGB), a marca se configura como a pior seca da história de Manaus pelo segundo ano consecutivo.

Em 2024, a descida dos rios no Amazonas começou antes do esperado. Em Manaus, o período da seca teve início em 17 de junho, apresentando oscilações até o dia 28, quando iniciou a descida de forma ininterrupta. Historicamente, o fenômeno ocorre entre a última semana de junho e as primeiras semanas de julho.

Devido à estiagem, a Prefeitura de Manaus decretou situação de emergência por 180 dias e interditou a Praia da Ponta Negra, após o rio ultrapassar a cota mínima de segurança de 16 metros.

Seca Rio Negro, em Manaus. — Foto: Matheus Castro/g1
Foto: Matheus Castro/Rede Amazônica AM

Números da seca no Amazonas

Além da capital, os 61 municípios do Amazonas também enfrentam uma situação de emergência devido à seca. Segundo a Defesa Civil, todas as calhas de rios do estado estão em estado crítico de vazante.

Em Manacapuru, o Rio Solimões enfrenta a pior seca de sua história. Lá, a cota chegou a marcar 2,06 metros no sábado (12). Embora o rio tenha subido um centímetro no domingo (13), se manteve estável nesta segunda (14) com a marca de 2,07 metros.

Já no Alto Solimões, em Tabatinga, a situação foi ainda pior, com o rio registrando uma cota negativa. No dia 26 de setembro, o Solimões atingiu a marca histórica de -2,54 metros.

*Com informações da Rede Amazônica AM

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Pará perde Mestre Laurentino; artista completaria 99 anos em janeiro de 2025

Natural da cidade de Ponta de Pedras, na Ilha do Marajó, ele era conhecido como o roqueiro mais antigo do Brasil.

Leia também

Publicidade