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Na vastidão da Amazônia, entre árvores centenárias e rios caudalosos, ecoa uma sinfonia natural que encanta moradores, pesquisadores e amantes da natureza: o canto dos pássaros.
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O canto das espécies amazônicas é mais que um som – é a poesia viva da floresta. E, entre tantas espécies, algumas se destacam por sua beleza vocal única, sendo consideradas as verdadeiras divas do reino alado brasileiro.
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Conheça alguns desses cantos fascinantes:
Uirapuru
Poucos pássaros carregam tanta mística quanto o Uirapuru (Cyphorhinus arada). Com um canto melodioso e quase sobrenatural, ele é reverenciado por povos indígenas e figura em inúmeras lendas. Dizem que, quando o Uirapuru canta, todos os outros pássaros silenciam para ouvir sua melodia. De difícil avistamento, o canto do Uirapuru é considerado um símbolo da natureza amazônica.
Rouxinol
O Rouxinol (Luscinia megarhynchos) é frequentemente associado à poesia e ao canto – e não por acaso. Seu som lírico e melódico emociona ouvintes humanos há séculos. Na região amazônica, ele contribui com uma trilha sonora natural, especialmente ao entardecer, quando seu canto se torna mais frequente.
Corrupião
O Corrupião (Icteridae) é um espetáculo à parte. Além de seu canto forte e variado, essa ave tem a impressionante habilidade de imitar o som de outros pássaros – e até ruídos do ambiente humano. Com sua plumagem vibrante laranja e preta, o Corrupião encanta tanto pela aparência quanto pela performance vocal.
Curió
O Curió (Sporophila angolensis), embora presente em diversas regiões do Brasil, encontra na Amazônia um habitat ideal. Infelizmente, sua popularidade também o torna alvo do tráfico ilegal de aves, uma ameaça à sua população.
Pintassilgo-de-cabeça-preta
Com notas delicadas e ritmo alegre, o canto do Pintassilgo-de-cabeça-preta (Spinus magellanicus) é um convite à contemplação. Sua voz suave contrasta com sua plumagem chamativa, e seu canto costuma ser ouvido ao amanhecer, marcando o despertar da floresta. Essa espécie também é conhecida por formar bandos barulhentos, que tornam a mata ainda mais viva.
