Das 1.550 áreas desmatadas, 54 estão localizadas em unidades de conservação federal, 18 em terras indígenas e 644 em glebas federais. De acordo com o MPF, 567 polígonos, o que corresponde a 36% do total, registram algum tipo de embargo dos órgãos ambientais.
Os números constam da segunda etapa do projeto Amazônia Protege, desenvolvido desde o ano passado pelo MPF. A primeira fase, lançada em novembro de 2017, resultou na instauração de 1.088 ações civis públicas contra 1.001 pessoas físicas e jurídicas. Os pedidos de indenização somam R$ 2,4 bilhões.
De acordo com o levantamento atual, o estado que apresentou maior número de áreas desmatadas foi o Pará, com 416 polígonos que totalizam uma área de 47 mil hectares. Na região, foram identificadas 625 pessoas ou empresas associadas a desmatamentos ilegais. O Mato Grosso ficou em segundo lugar no ranking, com 411 áreas desmatadas, seguido de Rondônia, com 346 áreas.
Desenvolvido pelo MPF com apoio do Ibama e do ICMBio, o Amazônia Protege usa de imagens de satélite produzidas pelo Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal. Os responsáveis pelos desmatamentos foram identificados por meio do cruzamento com bancos de dados públicos, tendo como recorte áreas iguais ou superiores a 60 hectares.
Os resultados serão enviados aos procuradores da República nos estados, servindo de base para ações civis públicas, com pedidos de reparação do dano ambiental e pagamento de indenização. Segundo o MPF, as indenizações devem ultrapassar os R$ 2,6 bilhões.
Informações sobre as áreas identificadas como desmatamento ilegal e sobre as ações civis públicas instauradas pelo MPF podem ser acessadas por meio do site.do projeto Amazônia Protege.