Marinha e Ministério da Integração firmam protocolo para prevenir desastres no Amapá

Protocolo foi assinado na sede da Marinha em Santana (AP) no dia 8. Documento faz parte de uma cooperação técnica válida para todo o Brasil.

Protocolo busca unir forças da Marinha e do Ministério no enfrentamento de catástrofes climáticas. Foto: Mariana Ferreira/Rede Amazônica AP

A Marinha do Brasil e o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) assinaram, no dia 8 de dezembro, na sede da Marinha no Amapá, em Santana, um protocolo de intenções para reforçar a prevenção e resposta a desastres naturais em todo o país.

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O documento busca unir forças da Marinha e do Ministério no enfrentamento de catástrofes climáticas. A escolha do Amapá para a assinatura foi simbólica, como forma de destacar a proteção e o investimento na região amazônica.

Segundo o ministro Waldez Góes, o protocolo vai trazer mais rapidez nos atendimentos. A iniciativa surgiu após tragédias recentes, como a registrada no Rio Grande do Sul.

“Com o protocolo, basta uma requisição simples. Se o ministério precisar de homens, navios ou lanchas, a Marinha estará pronta para ajudar o governo do Brasil”, disse Góes.

O vice-almirante Adriano Marcelino Batista, comandante do 4º Distrito Naval, lembrou que o Brasil tem várias áreas vulneráveis, com rios e comunidades isoladas. Para ele, a cooperação é essencial.

“Os desastres naturais são um flagelo, e a melhor maneira que temos de atuar é prevenindo. Esses acordos buscam que o país tenha a capacidade de minimizar principalmente as mortes ou os flagelos causados pelos desastres naturais” afirmou o Vice-Almirante.

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Marinha e Ministério da Integração firmam protocolo para prevenir desastres no Amapá. Navio HMS Bulwark foi comprado da Marinha Real Britânica
Marinha do Brasil compra o navio HMS Bulwark, da Marinha Real Britânica. Foto: Divulgação/Marinha do Brasil

Além do protocolo

Como parte das ações na Amazônia, a Marinha comprou o navio HMS Bulwark, que será incorporado à frota em 2026 com o nome Navio-Doca Multipropósito Oiapoque.

A embarcação será o segundo maior navio da Esquadra e o principal para resposta a desastres naturais. Ele vai reforçar operações de defesa, apoio humanitário e proteção da Amazônia Azul — área marítima estratégica e rica em recursos naturais.

Com o protocolo, a ideia é que os custos do navio sejam divididos entre a Marinha e outros órgãos. De acordo com o comandante da Marinha, almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen, o navio ficará no Rio de Janeiro, mas sua primeira parada será no Amapá.

“Ele chega no meio do ano que vem e o primeiro porto será aqui. Queremos responder mais rápido e fortalecer a proteção da Amazônia”, disse Olsen.

Com a exploração de petróleo na costa do Amapá, a expectativa é que a presença da Marinha na região seja ampliada.

*Por Mariana Ferreira, da Rede Amazônica AP

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