O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aplicou mais de R$ 1,3 milhão em multas durante ação de fiscalização de crimes contra a fauna no Amazonas. A Operação Teia foi realizada com o objetivo de identificar e punir a utilização ilegal de animais silvestres em publicações nas redes sociais e em anúncios publicitários para vendas de pacotes turísticos. Seis empresas de turismo e a organizadora do concurso Miss Brasil Be Emotion foram autuadas.
No total, foram aplicados 22 autos de infração para ilícitos identificados pelo núcleo de inteligência do Ibama, além de duas multas durante ação de fiscalização no Lago Janauari, ponto turístico do município de Iranduba (AM). O Instituto já havia recebido denúncias de utilização ilegal de animais silvestres em atividades realizadas no local.
Uma equipe do Ibama, em conjunto com o Batalhão de Policiamento Ambiental do Amazonas, se infiltrou em um pacote turístico no Lago Janauari e conseguiu flagrar um cativeiro com seis animais silvestres. Duas sucuris, uma jibóia e dois jacarés foram resgatados e devolvidos à natureza. Um filhote de bicho-preguiça foi encaminhado ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama para reabilitação.
“Essas atividades desrespeitam a legislação ambiental. Os animais são capturados na natureza e mantidos em cativeiro ilegalmente, onde sofrem maus tratos para serem expostos aos turistas”, disse o coordenador da operação, Geandro Pantoja. A pena nestes casos varia de seis meses a um ano de detenção, além de multa por animal mantido ilegalmente, no valor de R$ 500 até R$ 5 mil, quando a espécie está ameaçada de extinção.