Dona de restaurante, empresa de produção de adubo e produtor rural trabalham juntos em práticas sustentáveis.
Um grupo de Porto Velho adotou práticas sustentáveis para contribuir com o meio ambiente e desde 2019, uma empresária incentiva não só os colaboradores, como os clientes para doar tampinhas de refrigerante, esponjas de lavar louça e a fazerem o recolhimento do óleo de cozinha, para que eles tenham um destino correto.
“Nós selecionamos todos os resíduos. Destinamos papelão, vidro e plástico para um parceiro e a gente tem parceria com a Associação Voluntária de Combate ao Câncer. Recolhemos tampinhas e lacres de lata para doar para eles, porque com isso eles conseguem fazer vários insumos” explicou Glória Dore, empresária.
Glória é dona de um restaurante na capital de Rondônia e todo resíduo orgânico produzido no local passa por um processo chamado compostagem. A empresária conta com a parceria de uma empresa especializada na técnica, que usa uma bombona para coletar os resíduos.
“Nosso trabalho é coletar esse resíduo orgânico do cliente, trazer à nossa estação de tratamento, onde é feito todo o processo de compostagem com outros compostos orgânicos” explicou Andressa Alves, consultora de vendas.
E porque o adubo feito dessa forma é mais vantajoso? Segundo pesquisadores, ele enriquece a terra em nutrientes para as plantas, melhora a estrutura do solo, a drenagem, e retém água nos solos arenosos. Além disso, ele reduz a necessidade do uso de pesticidas.
Na prática
Na zona rural de Porto Velho, uma família faz o trabalho de recuperação da floresta e além de plantar para o consumo próprio, revendem algumas culturas para restaurantes selecionados.
“Nós plantamos tanto arvores de futuro, como mogno, cedro, como ervas medicinais. A agrofloresta é um sistema que veio para inovar. Plantamos rúcula, tomate, alface” explicou Tito, agroflorestor.
Para o produtor, a ideia funciona como uma cadeia, onde cada uma das três pessoas envolvidas no processo ajudam a sociedade a produzir menos lixo e ser mais sustentável.
“É uma cadeia criativa. Eu produzo o alimento, forneço para um restaurante e mesmo com o preconceito de não usar algumas partes do alimento, como cascas, esse alimento que o cara comeu no restaurante vai para a empresa de compostagem e volta para cá. Ele sai como alimento e volta como alimento” disse.
Por Thaís Gomes, Rede Amazônica — Porto Velho