Número de focos de queimadas no Amapá em 2025 é o menor dos últimos três anos, diz CBM

Dados do Corpo de Bombeiros Militar (CBM) apontam que até 29 de outubro foram contabilizados 387 focos de queimadas, enquanto 2024 fechou com 2.014 e 2023 com 2.552 registros.

A queda nos registros de queimadas é atribuída a ações de monitoramento, fiscalização e campanhas de conscientização realizadas pelas forças de segurança do Estado. Foto: Divulgação/GEA

Amapá registrou 387 focos de queimadas até 29 de outubro de 2025, o menor número dos últimos três anos, segundo o Corpo de Bombeiros Militar (CBM). A queda foi de mais de 80% em relação a 2023.

Esses focos são pontos de calor identificados por satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e indicam a presença de fogo em áreas de vegetação.

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Eles ajudam a monitorar e medir, em tempo real, a ocorrência de queimadas e incêndios florestais.

Confira os números dos últimos anos:

  • 2025 (até 29 de outubro): 387 focos
  • 2024: 2.014 focos
  • 2023: 2.552 focos

A queda nos registros é atribuída a ações de monitoramento, fiscalização e campanhas de conscientização realizadas pelas forças de segurança do Estado.

“O resultado vem do esforço conjunto das equipes em campo. Investir em prevenção, tecnologia e conscientização traz resultados reais e protege vidas, comunidades e o meio ambiente”, disse Cézar Vieira, secretário de Justiça e Segurança Pública.

Em 2025, o Corpo de Bombeiros registrou 265 ações de combate direto a incêndios florestais e realizou 1.214 atividades preventivas, como palestras e instruções. As ações alcançaram cerca de 21.365 pessoas — número maior que os 13.990 atendidos em 2024.

As margens das rodovias estão entre os pontos que mais preocupam os bombeiros.

Número de focos de queimadas no Amapá em 2025 é o menor dos últimos três anos, diz CBM
Foto: Divulgação/GEA

Queimadas ainda preocupam, mas ações integradas combatem

No domingo (26), um incêndio de grandes proporções às margens da rodovia AP-070 causou um acidente e afetou o tráfego perto da comunidade Abacate da Pedreira.

Testemunhas relataram que a fumaça tomou conta da pista e obrigou motoristas a parar no acostamento.

O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Pelsondré Martins, afirmou que as equipes atuam de forma integrada, com ações de combate e educação ambiental nas áreas mais afetadas.

“Os resultados vêm de investimentos contínuos, ações educativas e da presença constante das equipes da Operação Amapá Verde. Essa atuação tem sido essencial para reduzir os focos de queimadas, principalmente nas áreas mais vulneráveis”, destacou o coronel.

A Operação Amapá Verde começou em 21 de agosto e vai até dezembro. A iniciativa é dividida em 12 ciclos, com troca de equipes a cada 10 dias.

Leia também: ‘Amapá Verde’: operação de prevenção e combate a queimadas na Amazônia durante estiagem

O Corpo de Bombeiros mantém bases em Laranjal do Jari, Mazagão, Ferreira Gomes, Pedra Branca do Amapari, Tartarugalzinho, Amapá e Itaubal — regiões com maior risco de queimadas.

*Por Mariana Ferreira, da Rede Amazônica AP

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