Saiba o que fazer quando uma mucura aparecer em sua residência

Com a aproximação do período reprodutivo e a busca por alimento, a mucura aparece com frequência nos quintais das casas.

Mucura, conhecida como gambá. Foto: Fernanda Felisbino/Instituto Água e Terra

A Prefeitura de Palmas (TO) alerta a população para o aumento da presença de mucuras (conhecidas também como gambás) nas áreas urbanas. Esses animais silvestres, comuns em regiões de mata, têm sido vistos com mais frequência em quintais e vias públicas, especialmente com a mudança de estação, alteração nos habitats naturais e maior procura por alimento.

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Apesar da aparência pouco familiar, o animal não representa risco à população. Quando ameaçado, costuma fugir ou se fingir de morto como mecanismo de defesa. A orientação é para que, ao avistar uma mucura, a população evite qualquer tipo de agressão.

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Saiba o que fazer quando uma mucura aparecer
Apesar da aparência pouco familiar, a mucura não representa risco à população. Foto: divulgação

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Segundo a diretora de Fauna Silvestre da Prefeitura de Palmas, Bruna Almeida, a aproximação do período reprodutivo, que começa em julho, também contribui para esse comportamento.

No entanto, ela esclarece que os animais ainda não estão em busca de parceiros, de alimento e abrigo. “Esse aumento na circulação urbana ocorre principalmente por conta da escassez de recursos em seus habitats naturais”, explica.

Saiba o que fazer quando uma mucura aparecer
Apesar da aparência pouco familiar, a mucura não representa risco à população. Foto: divulgação

Bruna Almeida também orienta que, caso o animal seja encontrado dentro de estabelecimentos, o ideal é acionar a Guarda Metropolitana pelo telefone 153, para que seja feito o manejo correto e seguro.

“Também é importante evitar que animais domésticos interajam com a mucura para prevenir acidentes. E, em caso de dúvidas ou necessidade de informações, a Diretoria de Fauna Silvestre está disponível para atender à população”, ressalta.

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O animal 

Erroneamente com ratos e popularmente conhecidos na Amazônia pelo nome de “Mucura”, esses animais são na verdade uma espécie de gambá. Dependendo da região do país, os gambás também são chamados de Timbú, Saruê, Micurê, Sarigué. Na natureza existem seis espécies diferentes de gambá, mamíferos pertencentes à família Didelphidae. No Brasil são encontradas quatro: Gambá-de-orelha-preta (D. aurita), Gambá-de-orelha-branca (D. albiventris), Gambá-comum (D. marsupialis) e o Gambá-amazônico (D. imperfecta).

Apesar da aparência pouco familiar, a mucura não representa risco à população. Foto: divulgação

O nome originário vem do Tupi-guarani wa–ambá, que significa “mama oca” ou “seio oco”. Isso porque são marsupiais, ou seja, possuem o marsúpio, uma espécie de bolsa onde os filhotes ficam alojados e se alimentam até o final de seu desenvolvimento. Por aqui, as mucuras costumam ser confundidas com roedores, seja pela aparência, seja por possuir hábitos noturnos. Porém o que nem todo mundo sabe é que esses animais tem um importante papel biológico. Além de agirem como espalhadores de sementes, também são controladores de pragas.

Os gambás costumam ter uma dieta variada, que também inclui ovos, frutas, lagartos e aves. Embora possuam hábitos solitários, formam casais durante o período reprodutivo. As fêmeas reproduzem cerca de três vezes ao ano, com um período de gestação curto, que leva de 12 a 13 dias. Uma fêmea gera de 10 a 20 filhotes em cada gestação, mas nem todos os filhotes chegam à bolsa (marsúpio). Devido à disputa pela amamentação somente os que se aderem às tetas conseguem sobreviver.

*Com informações da Prefeitura de Palmas

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