Expedição coleta plantas arbóreas na Reserva do Rio Iratapuru, em Laranjal do Jari, no Amapá. Foto: Israel Cardoso/GEA
Pesquisadores do Amapá e dos Jardins Botânicos de Nova Iorque (EUA) e do Rio de Janeiro localizaram uma faixa de árvores consideradas gigantes com mais de 70 metros de altura na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Iratapuru, no município de Laranjal do Jari, no sul do Estado.
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As árvores são da espécie Dinizia excelsa Ducke, conhecidas como angelim-vermelho, e equivalem a um prédio de 24 andares. Os pesquisadores informaram que os angelins gigantes são encontrados em unidades de conservação no Amapá e no Pará, como: Parna das Montanhas do Tucumaque, Flona da Mulata, RDS do Rio Iratapuru, Esec Jari e Rio Paru.
“É uma faixa que essas árvores conseguem chegar a uma altura magnifica. Ao longo do rio, foi possível observar que os angelins estão acima de todas as outras espécies, pois, quando termina a copa de árvores normais, eles se estendem de 30 a 40 metros acima. Aqui é mais um território de árvores gigantes e mais um lugar documentamos na Amazônia”, informou Rafaela Forzza, coordenadora da equipe de botânicos.
Foi na RDS do Rio Iratapuru que em 2021 pesquisadores do Instituto Federal do Amapá (Ifap) e da Universidade do Estado do Amapá (Ueap) localizaram a maior castanheira já mapeada no país, com 66 metros de altura.
Sobre a expedição
Os pesquisadores da Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amapá (Sema), da Universidade Federal do Paraná ((UFPR), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e dos Jardins Botânicos do Rio e de Nova Iorque realizam na reserva a coleta de amostras de plantas arbóreas e arborescentes.
A pesquisa integra o Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade (Monitora), que é apoiado pelo Programa de Áreas Protegidas da Amazônia.
São coletadas amostras de folhas e outros materiais presentes na floresta para serem analisadas. O objetivo é a identificação de padrões de distribuição e de diversidade e abundância das espécies existentes na RDS.
*Por Rafael Aleixo, da Rede Amazônica AP