Estudo avalia riscos ambientais do uso de agrotóxicos na horticultura

A pesquisa realizada no Amazonas apontou estratégias que promovem o uso consciente e reduzido de agrotóxicos.

Realizar a avaliação dos riscos ambientais e para a saúde dos agricultores provocados por agrotóxicos, utilizados na horticultura no Amazonas, foram a base de pesquisa desenvolvida na capital e no interior por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), via Programa Universal Amazonas.

Intitulado ‘Avaliação integrada de riscos do uso de agrotóxicos na horticultura no Estado do Amazonas’, o estudo foi realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), sob a coordenação da doutora em Biologia e Água Doce, Andrea Viviana Waichman, que analisou desde as práticas adotadas pelos agricultores até os efeitos residuais no meio ambiente.

Foto: Andrea Viviana Waichman/Acervo pessoal

Segundo a pesquisadora, o estudo que iniciou com diagnósticos situacionais em Manaus abrangeu outros municípios, como: Iranduba, Manacapuru, Careiro da Várzea, Rio Preto da Eva e Presidente Figueiredo; e se intensificou, especialmente, no sul do Estado, uma área essencial para o avanço do agronegócio, onde municípios como Humaitá, Apuí, Lábrea, Manicoré e Boca do Acre se destacam pelo elevado uso dessas substâncias.

A pesquisa também propôs criar cenários de riscos e apontou estratégias que promovam o uso consciente e reduzido de agrotóxicos, alinhando à prática agrícola com a urgente necessidade de preservação ambiental e saúde pública. 

“Este estudo não apenas mapeou o cenário atual, mas também forneceu dados cruciais para os órgãos responsáveis pela regulamentação e fiscalização. Com essas informações, é possível traçar, em conjunto com os agricultores, estratégias de manejo de pragas que minimizem os impactos negativos”,

acrescenta a pesquisadora.

Foto: Andrea Viviana Waichman/Acervo pessoal

Ela explica ainda que os resultados do estudo têm um papel importante, uma vez que servem como uma base sólida para que os órgãos de extensão rural e saúde pública, junto aos agricultores, desenvolvam métodos de controle de pragas mais seguros e eficazes. Assim, podem ser delineadas parcerias estratégicas não somente para proteger a saúde dos trabalhadores rurais e dos consumidores, mas também para preservar a biodiversidade da região amazônica em direção a uma agricultura mais sustentável e responsável.

“Este levantamento não só oferece um panorama mais completo do uso de agrotóxicos na região, mas também serve como base para futuras ações regulatórias e de preservação ambiental no coração da Amazônia”, disse a coordenadora. 

Etapas

Para garantir a precisão dos resultados, a equipe de pesquisa foi diretamente a campo, coletando dados essenciais junto aos agricultores que lidam diariamente com esses produtos químicos. Em seguida, essas informações foram processadas através de modelos computacionais, permitindo uma avaliação rigorosa dos cenários de risco.

Foto: Andrea Viviana Waichman/Acervo pessoal

O grupo de estudo envolveu gestores, extensionistas rurais e agricultores com a finalidade de contribuir para que se tenha uma real dimensão desses riscos, além de subsidiar a elaboração e posterior implantação do programa de monitoramento e controle do uso de agrotóxicos.

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