Alerta sobre a degradação dos Solos. Foto: divulgação
Um estudo produzido pela Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO) mostrou que 33% dos solos do mundo estão degradados. Apenas a erosão extingue de 25 a 40 bilhões de toneladas de solo por ano, diminuindo bastante a produtividade.
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Estima-se uma perda de produção de cereais, por causa da erosão, na ordem de 253 milhões de toneladas, em 2050. Aproximadamente 50% dos solos latino-americanos sofrem atualmente com algum tipo de degradação.

A data 5 de dezembro foi criada pela Sociedade Internacional de Ciência do Solo (IUSS), durante o XXVII Congresso Mundial de Ciência do Solo, em Bangkog, na Tailândia, em 2002, e oficializada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, por meio da Resolução n.º 68/232 de 20/12/2013, tendo como base os seguintes princípios:
- Os solos são fundamentais para a sustentação da vida na Terra, pois constituem a base para o desenvolvimento agrícola, para as funções dos ecossistemas essenciais e segurança alimentar;
- A sustentabilidade dos solos é fundamental para enfrentar as pressões de uma população em crescimento e, assim, a gestão sustentável pode contribuir para solos saudáveis para a segurança da produção de alimento a nível mundial e para os ecossistemas estáveis e sua utilização de forma sustentável;

- A boa gestão dos solos têm importância econômica e social determinante para a biodiversidade, agricultura sustentável e segurança alimentar, erradicação da pobreza, capacitação das mulheres, combate às alterações climáticas, melhoria da disponibilidade de água, salientando que a desertificação, a degradação dos solos e as secas são desafios de dimensão mundial, que continuam a representar sérios entraves para o desenvolvimento sustentável de todos os países, em especial, os países em desenvolvimento;
- A necessidade urgente, em todos os níveis, de aumentar a consciencialização e promoção da sustentabilidade dos recursos limitados de solo, utilizando a melhor informação científica disponível e tomando como base todas as dimensões do desenvolvimento sustentável.
Para os agricultores, o solo é o ponto de partida para garantir a produtividade do cultivo. Neste contexto, o DNOCS não poderia deixar de memorar essa data. A reflexão fica para podermos nos conscientizar da importância de buscarmos ações para usar o solo de maneira responsável, sem ameaçar a segurança alimentar do mundo, a produção alimentar e a vida na Terra, de uma maneira geral. Neste Dia Mundial do Solo, propague a mensagem: “cuidar do solo é preservar a vida”.
Museu de Solos da Amazônia
Um espaço que promove o acesso a informações sobre a temática do solo, permite a troca de experiências, desperta responsabilidades socioambientais, e ideias e ações inovadoras, além da conscientização da preservação e conservação do solo: esse é o Museu de Solos da Amazônia (Musoam), que está localizado em Itacoatiara (176 KM distante de Manaus), no Amazonas.

O projeto levado adiante por pesquisadores da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) do município visa a integração da ciência, educação e da natureza, por meio da disseminação do conteúdo sobre solos na região, com maior acessibilidade, interação e metodologias de fácil compreensão.
O acervo dispõe de mais de 50 monolitos de solos, que são perfis de solos preservados de interesse pedológico, de ambientes representativos da região amazônica, e que não tiveram a intervenção do homem no ambiente natural. No espaço também é possível conhecer a coleção de cores de solos, por meio de oficinas que demonstram as diferentes cores, sendo possível discutir e explicar sua origem.
O projeto é apoiado pelo Governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam). Sob a coordenação do doutor em Ciência do Solo, Luís Antônio Coutrim dos Santos, do Centro de Estudos Superiores de Itacoatiara (Cesit/UEA), o projeto foi fomentado pelo ‘Programa Biodiversa/Fapeam: CT&I para Ambiência e Biodiversidade no Estado do Amazonas’.
